A recondução do procurador-geral da República, Paulo Gonet, ao cargo foi aprovada na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado nesta quarta-feira (12), por 17 votos a favor e 10, contra.
Agora, a recondução será analisada pelo plenário da Casa. Para ser confirmada, Gonet precisa de pelo menos 41 votos no plenário.
Durante a sabatina, o procurador-geral da República disse que a PGR não tem “bandeiras partidárias”.
“O que importa, até o presente, é que não há criminalização da política em si. Sobretudo, a tinta que imprime as peças produzidas pela Procuradoria-Geral da República não tem as cores das bandeiras partidárias”.
Gonet também afirmou que o tempo da justiça é diferente do tempo da política, se referindo a venda de sentenças nos tribunais.
“O tempo da procuradoria, tempo do respeito aos direitos e tempo necessário para descobrir a verdade. Esses processos estão correndo em segredo de justiça, mas não estão parados”, disse.
Responsável pela denúncia por tentativa de golpe contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, Gonet foi criticado pela oposição durante a sabatina.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que os membros do Ministério Público Federal devem se envergonhar do jurista, pela atuação dele na PGR.
“Eu falei para vossa excelência em sua outra sabatina que Deus estava lhe dando uma oportunidade do senhor desfazer todas as injustiças que o senhor fez enquanto estava no TSE [Tribunal Superior Eleitoral] representando o Ministério Público Federal. O senhor fez o contrário“, disse o parlamentar.
Gonet foi indicado ao cargo em 2023 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A indicação para a sua recondução à PGR foi feita no fim de agosto.
*R7/Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado/12.11.2025




