12 anos e quatro meses depois, Corinthians anuncia que pagará estádio. Acordo ‘definitivo’ com a Caixa. Dívida é de R$ 611 milhões

Publicado em

O acordo foi assinado no dia 19 de julho de 2011.

Ou seja, há 12 anos e quatro meses.

Empréstimo, a juros especiais, mais baixos, por conta da Copa do Mundo de 2014, de R$ 400 milhões da Caixa Econômica Federal, responsável pelo BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

E mais R$ 420 milhões concedidos por isenções fiscais da cidade de São Paulo.

Com todo o apoio do Planalto Central, o Corinthians ganhou possibilidades espetaculares para a construção do seu estádio.

A Copa do Mundo foi a desculpa ideal, já que o estádio, que não existia, abriria a competição, derrubando o Morumbi.

A fórmula de pagamento, proposta pelo então presidente do Corinthians, e homem que articulou a construção do estádio, Andrés Sanchez, foi o desconto das arrecadações dos jogos no estádio.

E a venda dos naming rights, que ele contava ser imediata, ou seja, logo após efetivada a construção, em 2014.

O plano de pagamento foi desastroso. Travou o Corinthians financeiramente. Os juros foram corroendo o dinheiro insuficiente depositado. Além disso, houve incompetência para a venda dos naming rights, só efetivada em 2020. Ou seja, seis anos depois.

Quando o acordo com a Hypera Pharma foi celebrado, a dívida do Corinthians com o estádio era mais de R$ 1 bilhão.

Há um fundo para o pagamento da arena que foi constituído com a construtora Odebrecht, em 2013. A polêmica construtora acabou se afastando da negociação de pagamento do empréstimo junto à Caixa Econômica Federal em 2021.

Os números da dívida corintiana sempre foram guardados sob sigilo.

A Caixa chegou até a dar esse dinheiro como “perdido”, em uma auditoria interna.

Mas o clube, envolvido em uma briga intensa para a eleição presidencial, decidiu escancarar. O valor que resta ser pago é de R$ 611 milhões.

E como esse dinheiro seria “quitado”?

Com o Corinthians trocando a dívida atual, assumindo precatórios, ou seja, dívidas da própria Caixa. Mas com juros menores.

E a Caixa passará a receber diretamente as parcelas da venda dos naming rights da arena, que a Hypera Pharma pagará até 2040.

Além disso, o clube segue com a ideia de colocar 49% das ações do estádio para negociação na Bolsa de Valores.

O presidente da Caixa Econômica, Carlos Vieira, foi ao estádio ontem, posou para fotos. E sacramentou o acordo de pagamento com a direção corintiana.

O acordo foi divulgado em detalhes hoje.

Data mais do que oportuna.

No sábado haverá eleições no clube.

O acordo serve como trunfo do candidato da situação: André Luiz Oliveira, conhecido como André “Negão”.

*R7/FOTO: CORINTHIANS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Compartilhe

Assine Grátis!

Popular

Relacionandos
Artigos

Lançamento da FIGA 2025 reforça candidatura de Manaus ao selo de Cidade Criativa da Gastronomia da Unesco

Evento marcou início da contagem regressiva para a maior...

‘Boa noite, Cinderela’: mulher que largou estrangeiro dopado em Ipanema tem 20 passagens pela polícia

A Delegacia de Atendimento ao Turismo (Deat) já sabe...

Rafael Cachorrão e William Couto brilham em noite épica do Amazon Abu Dhabi Jiu-Jítsu 16, em Manaus

Histórica, épica, memorável. Com 34 atletas no card e...

Entrevista presencial vira obrigatória para a maioria dos vistos americanos a partir de setembro

A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil confirmou que, a partir...