Polícia apura se anestesista invadiu cirurgia para estuprar paciente

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A Polícia Civil do RJ investiga se o anestesista colombiano Andres Eduardo Oñate Carrillopreso por estupro de vulnerável e investigado por exploração sexual infantil, invadiu uma cirurgia para cometer um dos abusos.

Andres foi preso nesta segunda-feira (16) e passaria pela audiência de custódia na tarde desta terça-feira (17). À polícia, ele confessou os crimes.

g1 teve acesso ao prontuário do Hospital Estadual dos Lagos. Naquela unidade, em Saquarema, no dia 5 de fevereiro de 2021, Andres estuprou uma mulher que se submeteu a um procedimento para retirada de útero.

Em um ofício à Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav), a direção do hospital informou que Andres estava escalado naquele dia para anestesiar dois pacientes do sexo masculino no centro cirúrgico.

Outros cinco pacientes — incluindo a mulher que seria abusada — estavam sob responsabilidade de uma outra anestesista.

“Apesar desta ‘responsabilidade oficial’, é comum a substituição dos profissionais durante o ato operatório, por diversas razões, podendo Andres ter participado de qualquer dos procedimentos anestésicos nos sete pacientes”, informou a direção.

A Dcav quer saber, agora, se houve uma troca para que Andres atendesse a mulher que acabou estuprando ou se o colombiano invadiu a sala de cirurgia para esse fim.

Para tanto, a outra anestesista e demais funcionários do Hospital dos Lagos serão chamados a depor.

Crimes confessados

Andres confessou os crimes. À polícia, o anestesista admitiu tanto ter abusado das pacientes quanto ter armazenado pornografia infantil.

“O declarante não sabe precisar o motivo pelo qual nutriu dentro de si a compulsão em ver e armazenar pornografia infantojuvenil”, narra o termo de declaração, a que o g1 teve acesso.

Segundo a polícia, Andres afirmou “que nunca chegou a abusar sexualmente de crianças, mas satisfaz sua libido vendo imagens e vídeos tanto de meninos quanto meninas”.

O colombiano informou que não contou com a participação de outras pessoas “para esfregar seu pênis nas pacientes”.

Ainda à polícia, Andres declarou “que aguardava a melhor hora (momento em que estivesse sozinho) e aproveitava”.

*g1

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