CNJ manda juiz se explicar sobre restabelecimento de prisão de Tacla Duran

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A corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mandou, nessa sexta (14/4), o desembargador Marcelo Malucelli prestar informações sobre sua atuação no caso que envolve o advogado Tacla Duran, que denunciou ter sido vítima de extorsão na Operação Lava Jato.

Malucelli teria restabelecido a ordem de prisão de Duran mesmo após o então ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski ter determinado que o caso seja analisado no STF. Malucelli, no entanto, alega que teria apenas decidido a respeito de suspeição do novo responsável pelos processos da 13ª Vara Federal de Curitiba, Eduardo Appio, o que, ainda segundo ele, não altera a situação de Tacla Duran.

Além de entender se Malucelli desconsiderou decisão do Supremo, Salomão também quer saber se houve falta disciplinar pois Malucelli é pai de sócio do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) em seu escritório de advocacia. O filho do desembargador também supostamente mantém um relacionamento com a filha do parlamentar.

No fim de março, Duran disse à PF que foi procurado por uma pessoa que atuou como cabo eleitoral da campanha de Moro e um advogado ligado à esposa dele, Rosangela Moro, que teria lhe oferecido um acordo de delação premiada durante as investigações.

Duran, que vive na Espanha e tem dupla cidadania, alega que foi alvo de perseguição por não aceitar ser extorquido durante o processo em que é réu.

O corregedor determinou que Malucelli, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, e o juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, terão cinco dias para prestar “informações que entenderem pertinentes”.

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região nega que o desembargador tenha decretado o retorno de Tacla Duran à prisão.

*Metrópoles

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