Com o objetivo de alertar e orientar pais e responsáveis sobre a doença Falciforme (doença genética e hereditária), a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), em alusão ao Dia Mundial de Conscientização sobre a doença, esclarece os principais desafios enfrentados pela criança com a doença, além do impacto físico, emocional e social.
De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, entre 2014 e 2020, a média anual de novos casos de crianças diagnosticadas com a doença falciforme no Programa Nacional de Triagem Neonatal foi de 1.087, em uma incidência de 3,78 a cada 10 mil nascidos vivos.
Segundo a pediatra Cinthia Xerez, a anemia falciforme é uma doença hereditária que altera a estrutura das células vermelhas do sangue, tornando-as rígidas e com formato de foice, causando deformação e dificultando a passagem adequada de oxigênio podendo levar a uma série de complicações de saúde ao longo da vida.
“Em geral, com acompanhamento médico regular, as crianças com essa condição levam uma vida normal. As escolas são informadas sobre o quadro da criança e suas restrições em relação a exercícios físicos intensos. Uma boa alimentação, consumo adequado de líquidos e uso correto dos medicamentos permitem que levem uma vida normal”, esclarece a especialista.
Sintomas
A doença falciforme pode se apresentar diversas variedades de sintomas em crianças como crises de dores nos músculos, anemia que também pode levar a fadiga, fraqueza, palidez e falta de energia, também podem apresentar infecções respiratória e urinárias além de prejudicar o desenvolvimento da criança e outras complicações que afetam a saúde infantil.
Vale destacar que cada criança pode apresentar diferentes sintomas e sua gravidade pode variar. O diagnóstico precoce, e acompanhamento com o médico é essencial.
“A falta de acompanhamento adequado pode levar a complicações relacionadas à anemia crônica e crises dolorosas em diversos órgãos do corpo. É essencial manter um acompanhamento médico regular para prevenir tais complicações e garantir um melhor controle da condição, dessa forma será possível identificar precocemente qualquer alteração e tomar medidas adequadas para minimizar os riscos associados à doença”, comenta a especialista.
Tratamento e Cuidados
Atualmente a cura definitiva para doença se dá por transplante de medula óssea, mas com indicações precisas relacionadas à gravidade e complicações. No entanto, os avanços médicos têm proporcionado melhora na qualidade de vida de pacientes, como o tratamento que tem como objetivo controlar e prevenir complicações da doença. A especialista explica como funciona o processo de tratamento.
“Os pacientes com diagnóstico confirmado são atendidos na Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam), onde recebem os medicamentos preconizados pelo Ministério da Saúde no Programa Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme. Esses medicamentos incluem ácido fólico, analgésicos, hidroxiureia e penicilina”, informou.
*Com informações da Assessoria