Temporada de ventos fortes no Nordeste: região bate recorde na produção de energia eólica

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A produção de energia eólica no Nordeste bateu recorde. No dia 4 de julho, a energia gerada passou de 19.720 megawatts, o que corresponde a quase 30% de toda a demanda de energia do país (27,8%). Segundo o operador nacional do sistema elétrico, Jurandir Picanço, é mais que suficiente para suprir toda a região.

“Foi produzido 50% a mais da necessidade do nordeste. O Nordeste hoje é exportador de energia, sobretudo de energia, energia eólica”, destaca.

Meiry Sakamoto, gerente de meteorologia da Funceme, explica como essa época, conhecida como a “temporada dos ventos fortes” no Nordeste, é ideal para atingir recordes na geração de energia eólica na região.

“O final do período das chuvas, o afastamento da zona de convergência intertropical e a aproximação de um sistema de alta pressão aqui do estado que é normal para a época do ano e que provocam esse aumento gradativo dos ventos a partir de junho, julho e os máximos que acontecem em agosto e setembro”, explica.

Impactos para a cadeia produtiva

Esse aumento na produção de energia eólica tem impactos positivos em toda a cadeia produtiva, incluindo empresas responsáveis pelos projetos e implantação de parques eólicos e fabricantes de peças para aerogeradores.

No litoral do Ceará, um parque está sendo construindo para abastecer 2 milhões de pessoas. As condições climáticas foram o principal fator pra escolha desta localização.

“Isso faz com que o preço da energia gerada por esse vento seja muito competitivo, porque ele é um vento de excelente qualidade. Você está tendo a possibilidade agora de pequenas e médias empresas comprarem essa energia no mercado livre de energia que até então só quem comprava eram as distribuidoras”, ressalta o presidente da empresa, Cláudio Ribeiro.

Também é possível observa o impacto positivo no mercado de trabalho local. Uma fabricante de pás eólicas contratou mil funcionários este ano.

“Aproximadamente 70% são de áreas operacionais e são pessoas que vivem no entorno da fábrica. De um modo geral elas têm ensino médio como formação e são preparadas aqui pra aprender como se faz uma pá eólica”, conta a gerente de recursos humanos, Lucimeyre Albuquerque.

*g1 /  Foto: Reprodução/TV Globo

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