Ibovespa opera em baixa, com Copom e nota de crédito dos EUA no radar

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O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em baixa nesta quarta-feira (2), com investidores aguardando a decisão de juros do Comitê de Política Monetária (Copom).

O mercado também acompanha o mau humor do exterior, após a notícia de que a agência de classificação de risco Fitch rebaixou a nota de crédito dos Estados Unidos.

Às 13h50, o índice recuava 0,83%, aos 120.240 pontos.

No dia anterior, o índice fechou em baixa de 0,57%, aos 121.248 pontos. Com o resultado de hoje, passou a acumular:

  • alta de 0,88% na semana;
  • queda de 0,57% no mês;
  • ganhos de 10,49% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

O mercado brasileiro opera em compasso de espera pela decisão do Copom, que deve baixar a taxa Selic pela primeira vez em três anos. Especialistas esperam que essa seja a primeira queda de um ciclo de corte nos juros, agora que a inflação brasileira começou a arrefecer.

Atualmente, a taxa de juros está em 13,75% ao ano e não há unanimidade entre os analistas sobre qual deve ser o percentual do corte, mas a maioria das projeções aponta para uma redução entre 0,25% e 0,50%.

Além disso, em nível global, investidores repercutem o rebaixamento da nota de crédito de longo prazo em moeda estrangeira dos Estados Unidos de “AAA” para “AA+”, apontando para uma esperada deterioração fiscal nos próximos três anos, bem como uma alta e crescente carga geral da dívida do governo.

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, discordou do rebaixamento. “Discordo da decisão da Fitch Ratings. A mudança anunciada pela Fitch Ratings hoje é arbitrária e baseada em dados desatualizados”, afirmou Yellen em um comunicado.

Investidores usam as classificações de crédito para avaliar o perfil de risco de empresas e governos quando obtêm financiamento nos mercados de capitais de dívida.

“A maioria das pessoas está dizendo que os balanços corporativos estão indo bem, os mercados estão indo bem, mas esperamos uma desaceleração em algum momento, especialmente nos EUA, onde os valores estão muito altos. Portanto, seremos sensíveis a qualquer fluxo de notícias negativas em potencial”, disse Caroline Simmons, diretora de investimentos do UBS Global Wealth Management, à agência de notícias Reuters.

*g1 / Foto: Pixabay

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