A defesa da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pediu novamente, nesta quinta-feira (14), para adiar o depoimento dela à Polícia Federal (PF), marcado para a semana que vem, por não ter tido acesso à íntegra da ação com atos processuais e oitivas realizadas nas últimas semanas. A parlamentar e o hacker Walter Delgatti Neto foram alvo de uma operação, deflagrada pela PF em agosto.
A operação serviu para apurar a invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com o objetivo de inserir informações falsas sobre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Delgatti ficou conhecido pelo episódio da “Vaza Jato”, por ter invadido telefones de autoridades envolvidas com a Operação Lava Jato e publicado conversas entre integrantes da força-tarefa.
Em depoimento à PF, ele disse que Zambelli o teria contratado para fraudar as urnas eletrônicas e inserir um mandado de prisão contra Moraes no sistema do CNJ. Para isso, ele teria recebido R$ 13 mil, pagos por assessores da deputada.
No mesmo dia da operação da PF, Zambelli convocou jornalistas para uma entrevista coletiva na Câmara dos Deputados. A deputada negou que tenha contratado o hacker para fazer trabalhos criminosos e afirmou que os pagamentos feitos a Delgatti se referem a serviços para o site dela.
Ainda segundo a parlamentar, as remunerações referentes ao trabalho somam R$ 3.000, que saíram de contas pessoais.
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