Jovens yanomami aprendem a controlar drones para monitorar queimadas em território indígena

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A Terra Indígena Yanomami possui cerca de 96,6 mil km², o equivalente ao estado de Santa Catarina. O maior território indígena do país está localizado entre os estados do Amazonas e Roraima e sofre forte pressão por conta de invasores, como garimpeiros e madeireiros.

Além das forças de segurança, indígenas também se mobilizam para usar a tecnologia e evitar que a floresta seja devastada. Nessa região, oficinas tecnológicas capacitam jovens yanomami na operação de drones para o monitoramento de ameaças.

As aulas são oferecidas através de uma parceria entre associações populares e conselhos representativos dos povos originários de Roraima.

O presidente da Hutukara Associação, Junior Yanomami, falou sobre a experiência de participar de uma ação desse tipo, que é inédita no local. 

Segundo o Instituto Socioambiental (ISA), o garimpo ilegal cresceu 54% em 2022 e devastou mais de 1.700 hectares do território indígena Yanomami. Nesse sentido, o engenheiro florestal Leonan Valente afirma que os drones são tecnologias importantes para determinar planos de ação sobre o controle e monitoramento ambiental. 

Júnior Yanomami conta ainda que há muitas invasões na região do Surucucu e que, com a capacitação, será possível dar mais protagonismo aos povos dessa região. 

As oficinas tecnológicas começaram no dia 20 de novembro e se encerram no dia 3 de dezembro.

O Instituto Socioambiental (ISA) afirma que a atuação de garimpeiros, assim como de caçadores e madeireiras, provoca a degradação do ambiente e a disseminação de doenças entre a população indígena.

No início deste ano, uma intervenção do governo Federal foi tomada para atender os povos Yanomami em crise humanitária.

Imagens de crianças indígenas em condições graves de desnutrição repercutiram internacionalmente.

As Forças Armadas e os órgãos de proteção ainda atuam na Terra Yanomami para conter ações ilegais na região.

*Foto: reprodução

*Band News

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