Petróleo fecha em alta, recuperando fôlego com EUA, apesar de incerteza na Opep+

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Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta, nesta quinta-feira, 8. Mercados da commodity recuperam o fôlego após a forte queda de ontem, diante da falta de consenso na Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) sobre ajustes no acordo de corte de produção. Dados sobre estoques nos Estados Unidos, divulgados hoje, contribuíram para a inversão do movimento.

O petróleo WTI para agosto fechou em alta de 1,02% (+US$ 0,74), em US$ 72,94 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para setembro subiu 0,94% (+US$ 0,69), a US$ 74,12 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Os ativos de petróleo começaram o dia operando em baixa, mas inverteram sua direção após o relatório semanal do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) nos Estados Unidos. Na última semana, os estoques de petróleo nos EUA recuaram 6,866 milhões de barris, bem mais do que a queda de 3,9 milhões prevista por analistas.

A semana tem sido marcada pela indecisão entre membros da Opep+ no acordo sobre cortes da produção de petróleo. “Desde que a Opep+ mantenha seu impulso à produção abaixo de 1,6 milhão de barris por dia (bpd) para agosto, acreditamos que o mercado pode absorver uma oferta surpresa”, diz a Rystad Energy. Caso o aumento na produção seja superior a 2 milhões de bpd no próximo mês, no entanto, os preços devem sofrer maiores pressões de baixa, afirmam os analistas da consultoria.

“Para complicar ainda mais as coisas, há o acordo nuclear com o Irã (que está em negociação com os EUA), e poderia se tornar uma moeda de troca importante na determinação de novas cotas da Opep+”, pontuam.

O Commerzbank, por sua vez, avaliava mais cedo que o fortalecimento do dólar e a maior aversão ao risco entre os investidores pesaram sobre os preços de petróleo em sessões recentes. “Afinal, agora que as negociações (da Opep+) fracassaram, ninguém pode dizer com certeza que os países não tomarão a liberdade de aumentar sua produção descontroladamente – ainda que o acordo não tenha sido oficialmente encerrado”, observa o analista Eugen Weinberg.

*Estadão Conteúdo

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