A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu nesta segunda-feira (1º) que o ex-presidente dos EUA Donald Trump tem direito a receber imunidade parcial nos processos a que ele responde na Justiça norte-americana.
A decisão, vista como uma vitória para Trump, deve atrasar os julgamentos dos processos. O ex-presidente é candidato nas eleições do país, que acontecem em 5 de novembro.
A decisão não concede imunidade automática para Trump, mas aponta que ex-presidentes dos EUA têm direito a pedi-la. Com isso, o caso deve voltar a tribunais de 2ª instância, que terão de julgar se Trump é imune em cada um dos três processos.
Por seis votos contra três, os juízes disseram, pela primeira vez na história dos EUA, que os ex-presidentes têm direito a imunidade absoluta em casos criminais. No entanto, essa imunidade só vale em atos oficiais.
A sentença da Suprema Corte também determina que, agora, os tribunais inferiores são os que deverão decidir sobre a imunidade como aplicar a nova decisão ao caso de Trump. O caso, originalmente, foi julgado em um tribunal da 2ª instância, que rejeitou o pedido do ex-presidente por imunidade.
Os advogados de Trump apresentaram recurso, e o caso subiu, então, para a Suprema Corte.
Em sua própria rede social, a Truth Social, Donald Trump celebrou a decisão, que classificou de uma “grande vitória para a nossa Constituição e a democracia”.
No pedido original, Trump argumentou que estaria imune porque era presidente quando tomou as medidas que levaram a todos os processos — como as acusações de que ele incitou manifestantes a invadirem o Capitólio, a sede do Legislativo dos EUA, em janeiro de 2020, e de que pressionou autoridades eleitorais do estado da Georgia a recontar os votos.
Esta reportagem está em atualização.
*G1/Foto: Reprodução/Record News – 01.06.2024