A Bíblia, na maioria das vezes, aponta a manifestação de Deus através dos homens, pelos seus atos, como Moisés ou, então, pela ação da natureza, o Dilúvio. A Fé, por mais que se pratique, e Deus, por mais que se idolatre, parece que ainda ficam distantes do coração e da mente da maioria das pessoas religiosas do mundo.
A confiança exagerada em si ou a ignorância da própria insignificância, dificultam ao ser humano entender Deus e a importância da Fé como único elo com o próprio Pai. O ato mais simples de se comunicar com Deus, a oração, talvez seja o mais esquecido dos homens e mulheres que, na atualidade, aqui habitam o planeta, entre mares, montanhas e planícies. Motivos como doença e toda sorte de agruras são quase os únicos que fazem dobrar os joelhos em oração e implorar a Deus algum tipo de ajuda. Poucos são os que dobram para agradecer as graças recebidas.
Os mensageiros de Deus, sejam os padres e pastores, os missionários, alguns profetas e líderes religiosos, falam e alertam para o retorno de Jesus Cristo. E nunca foi tão enfático nos cultos, reuniões religiosas e missas que Jesus voltará para salvar os homens e mulheres novamente. Talvez, pagando um preço mais sacrificante do que a morte, pregado na cruz do calvário. O que seria pior? A mente humana e, em consequência, a maioria das atitudes que advém do pensamento, hoje, está ocupada com atrações bem diferentes da época de Cristo, porém tão maléficas quanto aquelas que mataram irmãos, que destruíram povos, que se voltaram para a riqueza por roubos e falcatruas e para os demais vícios da natureza humana.
Cristo foi condenado sob os aplausos de um povo cego e fanático. Se soubessem, aqueles cegos, que Ele era o Cristo, será que o crucificariam? Se, aos de hoje, essa pergunta fosse feita, quem condenaria Cristo à morte sob torturas? Talvez, olhando para o lado ou para figuras proeminentes da sociedade nacional e mundial, uma pessoa apontaria uma porção de nomes e sobrenomes. Sim, esses condenariam Cristo à morte simplesmente por não O reconhecerem ou acreditarem nEle, como ocorreu com Pôncio Pilatos. Há, também, aqueles fiéis que, sabendo que herdariam uma fortuna, ou que seriam promovidos no trabalho ou que se casarão daqui alguns dias, ou que a felicidade está para “bater à sua porta”, talvez esses, pediriam ao Cristo para aguardar um pouco. Quem tem e pratica a Fé em Deus, se regozijará e aceitará a Sua vinda como a salvação.
Perder é se salvar? Seria a nudez a única prova de que o maior bem, a maior riqueza do mundo, é o próprio homem e a mulher, nus e limpos das fortunas materiais e demais impurezas mundanas, como Adão e Eva ao nascerem pelas mãos de Deus? Quantos risos e olhares incrédulos essa ideia de retorno de Cristo e “salvação” já provocaram e irão provocar? Loucos, são loucos desvairados! Seremos? Porém, aqueles olhinhos do filho ou da filha recém-nascido, aqueles olhinhos preguiçosos, porque eles encantam tanto os pais e mães, os avós, os tios e tias, os irmãos e quem mais os mirarem? Por que tanto encantamento num olhar? Nenhuma força é maior que o amor, qualquer que seja a manifestação de amor. Entender o amor de Deus sobre os homens e mulheres é entender por que o amor que aqueles olhinhos angélicos de uma criança provocam encanto e emoção nos mais duros corações.
Se hoje, o mundo, como ele é retratado nas notícias diárias que invadem os celulares e as demais mídias, provoca pavor ou entusiasmo nas pessoas e se torna o maior opressor ou a maior esperança da maioria da humanidade, como é possível, nesse universo midiático, se entender Cristo? Os povos, em geral, sofrem seja pelo mal ou pela falta da presença do bem nos corações, principalmente dos seus líderes. Deus é o bem, mesmo que alguns não O reconheçam. Por que boa parte das grandes lideranças da atualidade praticam o mal aos povos? Se têm mais “Pôncios” do que “Joãos Batistas”? Talvez, por poucas orações e pouca Fé, Jesus não venha outra vez, só para salvar apenas uma minoria de fiéis, Seus protegidos, eternamente. OU SERÁ A HUMANIDADE QUE SERÁ JULGADA POR DEUS?
Elias Do Brasil
