Plano para matar Lula e Alckmin foi encontrado na casa de general do Exército

Publicado em

O plano para assassinar Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin foi encontrado pela PF (Polícia Federal) na casa do general do Exército Mario Fernandes, ex-assessor do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, e ex-ministro interino da Secretaria-Geral da Presidência da República da gestão de Jair Bolsonaro (PL). Mais cedo, a corporação realizou uma operação para desarticular uma organização criminosa autora de tentativa de golpe de Estado e de restrição do Poder Judiciário.

Os militares presos na operação são: tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo, tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, o policial federal Wladimir Matos Soares, além de Fernandes. Neste momento, os agentes estão na Superintendência da PF no Rio de Janeiro. O Exército busca informações sobre a prisão dos suspeitos para decidir para quais batalhões serão encaminhados, uma vez que não pode ter contato entre os investigados.

De acordo com fontes, o plano foi encontrado na residência do general do Exército na última busca e apreensão realizada pela PF. Segundo comunicado, as investigações apontam que a organização “se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas” nos meses de novembro e dezembro de 2022.

Entre as ações da organização criminosa, o órgão destaca a existência de um plano operacional, chamado de ‘Punhal Verde e Amarelo’, que seria executado no dia 15 de dezembro, “voltado ao homicídio dos candidatos à presidência e vice-presidência eleitos”. No caso, Lula e Alckmin. A investigação aponta, ainda, para uma tentativa de homicídio do ministro Alexandre de Moraes.

Ao todo, são cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, a proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes em 24 horas, e a suspensão do exercício das funções públicas. Os mandados são cumpridos no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal. Em tese, os crimes cometidos são abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa, segundo a corporação.

“O planejamento elaborado pelos investigados detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas, além de posterior instituição de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações”, diz a PF.

 

 

 

 

*R7/Foto: ASCOM/Secretaria-Geral – 27.06.2022

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Compartilhe

Assine Grátis!

spot_imgspot_img

Popular

Relacionandos
Artigos

Polícia do DF prende casal que forjou suícidio e matou vizinha para tomar a casa da vítima

A PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal) prendeu um casal...

Janeiro de 2025 terá bandeira tarifária verde, sem custo adicional, aponta Aneel

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou nesta...

Investigação preliminar diz que ‘interferência externa’ causou queda de avião no Cazaquistão que matou 38

A Azerbaijan Airlines, companhia aérea nacional do Azerbaijão, afirmou nesta...

Temporários no Amazonas não têm direito a gratificações dos estatutários

Servidores temporários contratados pelo Governo do Amazonas não têm...