Deputado Rozenha critica nova investida contra a reconstrução da BR-319

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O deputado estadual Rozenha (PMB) mais uma vez criticou as constantes interferências que prejudicam a conclusão da BR-319. A rodovia, considerada estratégica para o desenvolvimento do Amazonas, só este ano já sofreu diversos obstáculos para a continuidade das obras do chamado “trecho do meio” (localizado entre o quilômetro 250 e quilômetro 655,7), que atravessa os municípios de Borba, Beruri, Manicoré, Tapauá, Canutama e Humaitá.

“O povo do Amazonas não tem um único dia sequer de paz. Todo dia é um ataque. Todo dia é uma bomba”, declarou o parlamentar.

Durante discurso na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), Rozenha destacou o mais recente pedido do Ministério Público Federal (MPF) para cassar a licença ambiental da BR-319. Ele questionou a ação de uma Organização Não Governamental (ONG), que pediu a suspensão das operações da empresa Eneva no município de Silves, alegando a presença de indígenas isolados na região.

“É um contrassenso de alguns políticos e organizações abastecidas com o recurso de países que nunca fizeram nada pela própria preservação ambiental e agora querem interferir numa região, sabidamente preservada”, disse.

Rozenha apontou que a rodovia já possui estudos ambientais aprovados, que preveem medidas inéditas no Brasil, como “mais de mil quilômetros de cercas e 172 passagens aéreas e subterrâneas para animais”. Além disso, também reforçou que todas as contrapartidas ambientais propostas pelo Ministério do Meio Ambiente, incluindo postos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Fundação Nacional do Índio (Funai) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), já foram garantidas pelo Ministro dos Transportes, Renan Filho.

“Não dá para aceitar que uma rodovia que já existe possa ter sua licença cassada com esse argumento, quando esse mesmo critério não é aplicado a outras obras em regiões com comunidades indígenas”, criticou, citando exemplos como a duplicação da BR-101 e o Linhão de Tucuruí.

O parlamentar não poupou palavras contra Organizações Não Governamentais. Segundo ele, essas instituições “só servem para fazer mídia e atrair recursos internacionais”.

Ele questionou o real compromisso dessas entidades com a população local e as acusou de manipular comunidades indígenas. “ONG nenhuma tem compromisso com o homem e a mulher da Amazônia, com quem vive em Fonte Boa ou São Gabriel da Cachoeira”, cobrou.

Rozenha esclareceu que a BR-319 é um importante instrumento para a permanência da população amazonense no interior do Estado. A rodovia também torna viável projetos como a exploração do potássio em Autazes, que pode gerar R$ 10 bilhões para a economia local. O deputado alertou ainda que o Amazonas precisa de soluções práticas e não de mais impedimentos. “O amazonense não resiste mais viver a vida que vem levando. Não dá mais para aceitar. Precisamos avançar”, ressaltou.

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Texto – Anacarla Amaro
Foto – Danilo Mello / Aleam

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