Presidente de Harvard admite falta de liberdade de expressão: “Problema”

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O presidente da Universidade de Harvard, Alan Garber, admitiu que a ausência de conservadores e a falta de liberdade de expressão no campus são problemas que precisam ser resolvidos. Ele compareceu, nessa terça-feira (27/5), ao programa Morning Edition, da NPR, e também fez críticas a Trump referentes ao corte de verba à instituição.

Durante a entrevista, foi abordado sobre o congelamento do subsídio de US$ 3,2 bilhões em bolsas para Harvard e sobre a suspensão de emissão de vistos para estudantes internacionais. A motivação para barrar o financiamento, segundo Trump, seria a não repressão do antissemitismo em suposta “discriminação racial”.

“Na minha opinião, o governo federal está dizendo que precisamos abordar o antissemitismo em particular, mas levantou outras questões, incluindo alegações de que nos falta diversidade de pontos de vista”, afirmou.

Segundo Garber, na universidade de elite, há dificuldades em considerar a liberdade de expressão. Garber também enfatiza que os alunos não se sentem livres para expressar suas opiniões e que os docentes precisam “pensar duas vezes” antes de lecionar determinadas disciplinas.

“A administração e outros disseram que há poucos conservadores no campus e que suas opiniões não são bem-vindas. Se isso for verdade, esse é um problema que realmente precisamos resolver”, disse o reitor de Harvard, Alan Garber, à NPR.

Críticas a Trump

Em relação às divergências de Garber com Trump, o reitor de Harvard discorda dos congelamentos de financiamentos para o reinvestimento em escolas técnicas e das ameaças a instituição, exigindo a expulsão dos estudantes estrangeiros. A instituição processa o governo americano por ambas as ações.

Embora reconheça que há trabalho a ser feito no campus referente à liberdade de expressão, ele disse ter dificuldade em ver uma ligação entre o congelamento de verbas e o combate ao antissemitismo.

“Por que cortar o financiamento para pesquisa? Claro, isso prejudica Harvard, mas prejudica o país porque, afinal, o financiamento para pesquisa não é um presente”, argumentou Garber.

Na terça-feira, o governo Trump pediu às agências federais que cancelassem cerca de US$ 100 milhões em contratos restantes com Harvard até 6 de junho.

O congelamento do subsídio solicitado por Trump ocorreu após Harvard recusar exigências para mudar as políticas de contratação e admissão, eliminar programas DEI (Diversity, Equity and Inclusion) — Diversidade, Equidade e Inclusão, em tradução livre — ou selecionar estudantes internacionais que “apoiam o terrorismo ou o antissemitismo”, como informou o governo.

Fonte: Metrópoles/Foto: Reprodução/X

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