Dólar cai ao menor valor em 9 meses e Bolsa dispara com euforia global

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Os mercados de câmbio e ações registraram movimentos especialmente positivos nesta segunda-feira (30/8) no Brasil. O dólar à vista caiu 0,91% em relação ao real, cotado a R$ 5,43, o menor valor desde setembro de 2024 – ou seja, em nove meses. Já o Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), disparou. Ele subiu 1,45%, aos 138.854 pontos.

O desempenho dos ativos no Brasil seguiu o movimento global. Nickolas Lobo, especialista em investimentos da Nomad, observa que o dólar perdeu valor em todo mundo. O índice DXY, que compara o peso da moeda americana frente a uma cesta de seis divisas de países desenvolvidos, registrava queda de 0,54% às 16h45, acumulando um declínio de 10,7% no ano.

“E as bolsas americanas mantiveram o ímpeto positivo pela quarta sessão consecutiva”, diz Lobo. “O S&P 500 e o Nasdaq registram alta de 0,3%, dando sequência aos recordes históricos alcançados na última sexta-feira. O Dow Jones também fechou em território positivo, com avanço de 0,4%.”

Para o especialista, essa performance contrasta com o cenário de instabilidade observado no início de abril. “Parte desse movimento de mercado é impulsionada pela decisão do Canadá de rescindir impostos sobre serviços digitais, uma medida que visa facilitar as negociações comerciais com os EUA”, afirma.

Orçamento de Trump

Além disso, observa o economista, os investidores “continuam atentos a possíveis acordos comerciais, diante do prazo final das pausas tarifárias na próxima semana”. “Contudo, o processo de aprovação da “beautiful bill” (como está sendo chamado o projeto orçamentário do presidente dos EUA, Donald Trump), que ainda pode enfrentar resistências no Congresso, deve ser o principal foco de atenção para o governo do republicano”, afirma.

Cenário interno

No cenário interno, a interpretação de dados sobre o mercado de trabalho brasileiro ajudaram a sustentar a alta do Ibovespa. De acordo com informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta segunda-feira, foram abertas 148.992 mil vagas de emprego em maio, já descontadas as demissões (abertura líquida de postos, portanto). O mercado esperava cerca de 172 mil novos postos.

Além disso, o salário médio de admissão de novos empregados com carteira assinada caiu para R$ 2.248,71 em maio, num recuo de R$ 10,98 em relação a abril. Tais números, para os investidores, podem indicar um desaquecimento do mercado e abrir espaço para o início do ciclo de corte de juros no Brasil, embora o último comunicado divulgado pelo Banco Central sobre o tema não aponte nessa direção.

Fonte: Metrópoles/Foto: Getty Images

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