Macron cita 2ª Guerra ao aumentar gasto militar: “Liberdade ameaçada”

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O presidente francês Emmanuel Macron anunciou neste domingo (13/7) que o país europeu dobrará o orçamento anual com Defesa, que passará para € 64 bilhões (R$ 416 bilhões) até 2027 – o último ano de seu segundo mandato.

Em discurso às Forças Armadas francesas, antes do desfile militar anual de 14 de julho, em celebração à Queda da Bastilha, o líder falou sobre a “ameaça crescente às liberdades na Europa” e o risco de uma guerra aberta nos próximos anos.

“Nunca, desde 1945, a liberdade esteve tão ameaçada, e nunca a paz em nosso continente dependeu tanto das decisões que tomamos hoje. Sim, estamos mergulhando novamente em anos em que a história se faz”, disse Emmanuel Macron. “Para sermos livres neste mundo, precisamos ser temidos. Para sermos temidos, precisamos ser poderosos.”

Na fala, o presidente listou, entre as motivações para o aumento de gasto com defesa, o avanço do terrorismo, a guerra eletrônica e o uso de drones. Emmanuel Macron destacou, ainda, uma ameaça permanente promovida pela Rússia que, segundo ele, a Europa deve dissuadir para garantir a paz.

Para o presidente francês, a Europa está em perigo por causa das guerras na Ucrânia e no Oriente Médio, e porque “os Estados Unidos adicionaram uma forma de incerteza”.

Europa gastou 17% a mais com defesa em 2024

A medida anunciada por Macron não difere da de outros líderes europeus. No ano de 2024, os gastos com defesa registraram o maior aumento desde o fim da Guerra Fria, de acordo com um relatório do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Sipri). A Europa, incluindo a Rússia, gastou US$ 693 bilhões (R$ 3,8 trilhões) em defesa, 17% a mais do que no ano anterior, segundo o instituto.

Para a França, entretanto, o aumento com gasto militar representa, também, desafios orçamentários. Ainda vivendo os impactos da pandemia da Covid-19 e da crise energética que deixaram o país com o maior déficit público da zona do euro (5,8% do PIB), a França passa, com a medida, a precisar de um corte de 2% para 3,5% do PIB para mitigar seu atual déficit fiscal.

“Este novo esforço histórico é proporcional, credível e vital. Não é apenas o que precisamos, mas realmente o que precisamos”, defendeu o presidente.

O discurso ocorre em um momento de grandes expectativas, já que o presidente dos EUA, Donald Trump, deve fazer um anúncio sobre a Rússia nesta segunda-feira (14/7), e o chefe da Otan viaja a Washington para dois dias de negociações.

Trump anunciou, na semana passada, planos de vender armamento aos aliados da Otan. Os aliados poderiam, então, repassar as armas à Ucrânia.

Fonte: Metrópoles/Foto: Stephane Lemouton/Bestimage/IMAGO

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