“Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vai ao Pai senão por mim.”(João 14:6). Todos os seres humanos têm necessidade de ter certeza (Erich Fromm/1984). Diariamente há a necessidade de se fazer escolhas, às vezes muito simples e, algumas, até complexas. Na vida, as grandes escolhas (faculdade, casamento, emprego etc.) são normalmente antecedidas de algum sofrimento e ansiedade. A escolha está diretamente relacionada à verdade. A necessidade de ter certeza sobre a escolha provoca outra necessidade: se o método (o caminho) que se escolhe para tomada de decisão é o correto As fontes mais fidedignas sobre a “verdade”, além de Deus, são o pai, a mãe, os parentes mais próximos (avós, tios etc.), os professores, os cientistas, o padre e o pastor, os melhores amigos. Hoje, com a Internet se “incluindo” na vida da boa parte das pessoas, existem outras fontes, fidedignas ou não, com grande potencial de influenciar decisões, como os “influencers digitais”. Essas pessoas são capazes de influenciar e formar opinião de pessoas, por meio de conteúdos que elas produzem nas redes sociais. É preferível se tomar uma decisão “errada”, e estar seguro à respeito dela, a tomar a decisão “certa” e ser atormentado por dúvidas quanto à sua validade. Esta é uma das razões psicológicas para a crença do homem em ídolos e líderes políticos (Erich Fromm/1984). O “caminho” que os ídolos ou líderes políticos indicarem será o escolhido por seus seguidores, livrando-os de fazer uma “escolha pessoal”. No momento atual, considerando o telefone celular como a maior fonte de informação geral do planeta, a “verdade” e a “mentira” circulam livremente nas telinhas iluminadas sem serem reconhecidas facilmente. Quanto mais culto o usuário, maior a possibilidade de utilizar as informações verdadeiras para ter sucesso na vida. Quanto menor o conhecimento das pessoas, maior dificuldade elas terão para “filtrar” a “verdade” da “mentira”. Em consequência, poderão fracassar nos seus objetivos. Certo? Talvez sim, talvez não. Quem tiver bom senso e estiver à busca da verdade se encaminhará às suas “fontes fidedignas” para se consultar antes de tomar a sua decisão: Deus ( a Fé), o pai, a mãe, principalmente. O pai e a mãe são a origem, o núcleo da família, onde a pessoa nasceu, foi criada e conviveu boa parte da vida. Se esses “entes sagrados” forem substituídos pela imprensa (escrita, televisionada ou digital), por “influencers digitais”, por pessoas ideologicamente influenciadoras, seja no rol de amizades, seja na política, seja na Universidade ou em qualquer instituição civil ou religiosa, há a grande possibilidade de a “mentira” passar a ser “a verdade” e de a “verdade” passar a ser a “mentira”. É previsível que outros fatores ajam nesse “universo”, principalmente a ambição pelo dinheiro e pelo poder (político). Nesse caso, pouco importa a “verdade” ou a “mentira”. Ou seja, quanto mais se afastar de Deus, dos pais (família) e do conhecimento (cultura), maior a possibilidade de se tomar uma decisão errada por não saber identificar corretamente o “teor de credibilidade” da “fonte de informação”: A CERTEZA DA MENTIRA ou A CERTEZA DA VERDADE?!
Elias Do Brasil
A MENTIRA E A VERDADE
Publicado em
Excelente artigo!Muito esclarecedor e atual.
Excelente, como sempre, Elias do Brasil! Sua percepção sobre a revolução cultural a que estamos submetidos desperta nossa reflexão, possibilitando a descoberta de antídotos para o mal que se instala sub-repticiamente.
Parabéns pela percepção do nosso momento…
Perfeitamente ilustrado!
Leio todos seus artigos, assunto que só nós enriquece no conhecimento. Parabéns mestres estou sempre esperando seu próximo artigo…! Forte abraço…