“Sei que podes tudo, que nada Te é muito difícil” (Jó 42:2). Há um entendimento natural que o homem deve resolver seus problemas dando a eles as melhores soluções. Isso se explica pela própria natureza humana de acreditar naquilo que vê e, a partir daí, crer que é possível. A onipotência está presente desde as pequenas atitudes humanas até as mais complexas. Frente à imensidão da natureza, ele, o homem, é o único que se coloca superior a tudo e capaz de tudo resolver. Desde criança se age assim. E, como criança, se não consegue resolver, se irrita, faz “birra”, se revolta, se reprime, e talvez, já adulto e frustrado, até se suicide. Todo o progresso da humanidade se deu pela ação de homens que romperam os obstáculos, sejam naturais ou provocados pelos próprios seres humanos, e alcançaram o sucesso nas suas empreitadas, seja através da ciência ou da guerra ou da política, entre outras. Essa capacidade do homem de resolver problemas complexos em benefício próprio ou coletivo, lhe provoca o sentimento de onipotência e, por consequência, o direito de explorar o universo, o desconhecido. Em que momento surge Deus? Há pelo menos duas oportunidades em que o homem se dirige a Deus pela fé: antes de iniciar uma empreitada, ele pede ajuda a Deus, ou depois que a empreitada não deu certo, ele suplica ajuda a Deus. Os que não acreditam em Deus, esses são os “onipotentes”. Quando o homem, no seu caminho da vida, não encontra a ponte sobre o rio que precisa ultrapassar para alcançar os seus sonhos, os seus objetivos, o que ele faz? Mas, a ponte sempre esteve ali! Ela estava nos seus planos! Nesse momento o imprevisível se manifestou. De todas as suas certezas, essa era a mais certa! Mas, a ponte foi destruída, não está mais lá. Então, sem mais solução para alcançar seus objetivos, só lhe resta implorar ajuda a Deus. Deus seria a última esperança? Não, Deus jamais será a última esperança! O ser humano deve entender Deus como a primeira esperança, como a primeira ajuda. Colocar Deus como “substituto”, como o paraquedas reserva do homem “onipotente” é se colocar acima de Deus. O insucesso é garantido. Mas, o “onipotente” venceu tantas vezes, sem Deus! Ele conquistou, superou enormes obstáculos, teve sucesso grandioso, adquiriu fortuna, tudo sem ajuda de Deus, como falar em insucesso? E quando o “onipotente”, no futuro, encontrar a ponte destruída, justo no seu caminho da vida, lá depois do rio? Deus não pode ser a última esperança, JAMAIS!
*Por Elias do Brasil