Absurdo do Holocausto volta a chocar com a estreia de ‘Uma Vida – A História de Nicholas Winton’

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Cinco dias após Zona de Interesse levar o Oscar de melhor filme internacional por jogar na cara do público a normalidade com que vivia a família de Rudolf Höss, comandante do campo de concentração de Auschwitz, mais uma trama real ambientada na Segunda Guerra chega aos cinemas nesta quinta-feira (14): o aguardado Uma Vida – A História de Nicholas Winton.

Estrelado por Anthony Hopkins, o longa também se propõe a mostrar como pessoas absolutamente ordinárias se destacaram durante o conflito.

Se, na produção de Jonathan Glazer, Höss se transforma em um monstro que sistematizou a morte de mais 1 milhão de judeus em Auschwitz, em Uma Vida, Winton vira herói ao salvar centenas de crianças tchecas e eslovacas.

O filme se passa em dois tempos diferentes. O primeiro mostra como Winton se envolveu no resgate dos refugiados após viajar para Praga, em 1938, meses antes da chegada das tropas alemãs.

Chocado com a situação dos judeus nos guetos, principalmente das crianças, sujeitas ao frio, à fome e às doenças, o corretor da bolsa decide usar tudo o que tem para tirar elas de lá — o que em certa medida lembra o clássico A Lista de Schindler, de Steven Spielberg.

Durante os meses que antecederam a invasão de Hitler, Winton correu contra o tempo para criar um comitê responsável por financiar o resgate de 669 meninos e meninas e encaminhá-los a famílias britânicas dispostas a adotá-los.

Os nazistas cruzaram a fronteira da Tchecoslováquia justamente no dia em que o maior grupo de crianças — eram 250 — embarcava rumo à Inglaterra. Elas foram arrancadas do trem e o britânico nunca se perdoou por não conseguir salvá-las.

E é aí que o espectador é levado à década de 1980, onde encontra Hopkins como Winton, ainda se torturando por não ter feito mais. Ele só se livra dessa culpa quando, graças a um programa de TV popular, em cena emocionante, encontra-se com dezenas de pessoas que salvou, todas já adultas, profundamente gratas.

Foi a filha de Winton, Barbara, quem escreveu o livro que deu origem à produção, publicado no Brasil pela editora Cultrix. Na pele de seu pai, um Hopkins sem defeitos devolve a destreza de atuação pela qual ganhou, em 2021, o Oscar por, ironicamente, um filme chamado Meu Pai.

*R7/Foto: DIVULGAÇÃO

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