A cantora Preta Gil informou que foi diagnosticada com um câncer no intestino. Ela estava internada desde 5 de janeiro em uma clínica no Rio de Janeiro por causa de um desconforto que sentia. No comunicado, Preta disse que tem um “adenocarcinoma na porção final do intestino” e que irá começar o tratamento na próxima segunda-feira.
O adenocarcinoma é um tipo de tumor maligno (câncer) que pode acometer vários segmentos do trato digestivo, incluindo a parte final do intestino. Rachel Riechelmann, head de Oncologia Clínica do A.C.Camargo Câncer Center, esclarece que é um dos tumores mais comuns no Brasil e no mundo – o segundo mais comum em mulheres e terceiro entre homens.
Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. O câncer de intestino é tratável e, na maioria dos casos, curável, quando detectado precocemente.
“As chances de cura são muito altas quando o tumor é diagnosticado bem no início. Por isso recomendamos que todas as pessoas com fatores de risco comecem o rastreamento de câncer de intestino a partir dos 45 anos”, orienta a oncologista.
Sintomas e fatores de risco
- Segundo Riechelmann, se o tumor estiver mais próximo do reto, os sintomas comuns são: sangramento nas fezes, dor ao evacuar e até alteração da aparência e consistência das fezes.
- Quando o tumor está mais longe do reto, mais do lado direito do intestino, muitas vezes os sintomas são mais inespecíficos. “O paciente pode sentir fraqueza, anemia, perda de peso, dor abdominal.
- O principal fator de risco é a hereditariedade. Se a pessoa tiver um parente de primeiro grau com câncer de intestino, deve começar o rastreamento a partir dos 45 anos.
- Outros fatores de risco incluem dieta rica em gordura, carnes e alimentos processados e com menos verduras, frutas e fibras; e falta de atividade física. “A atividade física é protetora para vários cânceres, incluindo o intestino”.
Diagnóstico e tratamento
- O diagnóstico é feito através da colonoscopia, que avalia todo o intestino grosso. “Se tiver alguma lesão, o exame vai identificar e ela poderá ser tirada ou biopsiada. A biópsia vai confirmar se é um adenocarcinoma”, diz a oncologista do A.C.Camargo Câncer Center.
- O tratamento curativo é a cirurgia para retirada do tumor. Dependendo do resultado e tamanho do tumor, o paciente pode precisar complementar com quimioterapia por três a seis meses. “A quimio aumenta ainda mais a chance de cura”.
- No entanto, se for um tumor metastático, a chance de cura é bem pequena e o tratamento é feito com quimioterapia associada a outras terapias chamadas “alvos de droga molecular”.
*G1