A advogada Flavia Penido registrou a marca ‘Fadinha’, apelido da skatista Rayssa Leal, medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Por meio de um pedido digital, a defensora cedeu o registro para a atleta de 13 anos gratuitamente.
Como é menor de idade, Rayssa tem os pais como representantes legais e prováveis donos da marca. Se desejar, ela pode indicar outra pessoa para comandar os diretos de ‘Fadinha’. Especialista em propriedade intelectual, tecnologia e direito aplicado ao marketing, Flavia Penido decidiu tomar a atitude para evitar que outra pessoa utilizasse indevidamente o nome e o apelido da mais jovem medalhista olímpica do País.
Nas redes sociais, a advogada afirmou que “o interesse, obviamente, não é econômico, mas sim preservar eventuais direitos da Rayssa e também mostrar a importância de marketing e jurídico trabalharem sempre juntos”. A autora da ação informou que sabe como disputas desse tipo podem ser demoradas e custarem muito, por isso solicitou o registro da marca, que será feito posteriormente em cartório.
Na última madrugada, Rayssa ficou em 2º lugar na prova feminina do skate street e garantiu mais uma medalha de prata para o país nos Jogos Olímpicos de Tóquio. O apelido de Rayssa vem dos vídeos que ela fez quando tinha sete anos. A menina estava fantasiada de fada enquanto completava manobras com o skate. A avó da skatista costurou a roupa, que foi usada em um desfile de 7 de setembro de sua escola. O tema era Peter Pan. Representando a personagem Sininho, a menina saiu direto do evento e foi para um ponto conhecido de Imperatriz, sua terra natal que está localizada no Maranhão. O vídeo viralizou e foi redistribuído até pela lenda do esporte, Tony Hawk.
A Nike, patrocinadora de Fadinha, divulgou uma peça publicitária nesta segunda-feira intitulado ‘Novas Fadas’. Com a skatista como protagonista, a ideia é que ela inspire milhares de meninas ao redor do Brasil.
*Estadão Conteúdo