O presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), desembarcou, neste domingo (10), no Rio Grande do Sul e sobrevoa regiões afetadas pela passagem do ciclone extratropical, em especial os municípios de Roca Sales, Muçum e Lajeado. Ele chegou ao estado gaúcho pela manhã acompanhado de uma comitiva de sete ministros. Na ocasião, o governo federal anunciou a inclusão de R$ 14,9 bilhões para a prevenção a desastres naturais no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Os recursos previstos no PAC serão disponibilizados ano a ano, com término em 2026. Os investimentos para prevenção incluem obras de saneamento ambiental, barragens de contenção, drenagem e canais para ampliar o escoamento e o fluxo das águas. A ideia é priorizar, neste ano, o repasse para o Sul brasileiro, em razão da tragédia que impacta a região. Até o momento, o ciclone deixou pelo menos 43 mortos, mais de 3.000 desabrigados e mais de 8.000 desalojados em 87 municípios.
Além de Alckmin, participam da comitiva os ministros da Defesa, José Múcio; da Saúde, Nísia Trindade; da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes; do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira; da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta; do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias; e do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva; além de representantes de outros ministérios e órgãos federais.
Outras medidas
O ministro do Desenvolvimento, Wellington Dias, anunciou, neste domingo (10), o repasse de R$ 239 milhões para o fornecimento de alimentos e de serviços socioassistenciais ao Rio Grande do Sul. Do total de recursos, R$ 56,6 milhões são destinados à rede do Sistema Único de Assistência Social (Suas), ao Auxílio Abrigamento e ao fornecimento de cestas de alimentos. Outros R$ 125 milhões são voltados ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
Por fim, R$ 57,4 milhões em recursos do Ministério do Desenvolvimento correspondem ao valor mensal extra do Benefício de Prestação Continuada (BPC), uma antecipação que pode se dar uma única vez enquanto perdurar o estado de calamidade. “O valor equivale a um mês para beneficiários dos 79 municípios que já estão com decreto de calamidade reconhecido, podendo ser ampliado a partir do reconhecimento para outros municípios”, esclareceu a pasta.
*R7/FOTO: CADU GOMES / VPR