“Eu sou o Alfa e o Ômega, o Começo e o Fim.”(Apocalipse, 21-6). O começo de um sonho é luz e a destruição de um sonho é escura. Coube ao ser humano dar a sua interpretação, segundo os seus interesses e as suas ambições. Alguém sabe a cor da alma? Pode ser “branca”, ou “preta”, ou “amarela” etc. A cor da pele substituiu a “cor da alma”?. Gênesis 2:7: “Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente”. As necessidades materiais, considerando a sobrevivência fisiológica, garantem a continuidade da vida, mas são exatamente as principais faculdades humanas como amor, ternura, razão, alegria etc., que “direcionam” o ser humano para o bem. O mal seria as distorções dessas faculdades essenciais do ser humano. A religião incorporou esses aspectos da existência humana. A negação da religião, segundo Dostoievski, seria “se não existe Deus, tudo é possível”. Porém, ao longo do tempo, e em especial, no tempo presente, os valores mais profundos da prática religiosa, como a fé, estão sendo substituídos pelo materialismo e pelo individualismo, talvez, dando “razão” ao Dostoievski. O conjunto de ideias ou opiniões expostas ao ser humano desde a sua infância não devem ser mais importantes que o caráter, a atitude, as suas ideias e convicções. Em especial, na atualidade, há uma tendência social de se “jogar um contra o outro”, uma classe contra a outra, uma torcida de futebol contra a outra, o rico contra o pobre, o “preto” contra o “branco”. Nesse particular, se de um lado se enaltece a “raça negra”, do outro há uma tentativa de depreciar a “raça branca”, os “branquelos”. Países como os EUA, há séculos a sua população vive o pesadelo do racismo, principalmente entre pretos e brancos. As lições históricas tiradas da terrível experiência do racismo naquele país devem ser praticadas pelo mundo. Ao se tentar reiniciar, aqui em nosso país, a “guerra racial” entre “negros e brancos”, fica um questionamento: “a quem interessa essa “guerra”? Quando o ideal do ser humano é transcender a estreita prisão do seu ego, do seu egoísmo, da sua separação do seu próximo, se observa nas relações sociais, principalmente, o crescimento da negação do ser humano. Em vez de “ser”, se tenta “ter” e “usar” em prol de uma raça ou classe social. Os ídolos contra os quais os profetas do Antigo Testamento lutavam eram de pedra ou madeira, árvores ou colinas. Agora, os ídolos, os formadores de opinião, são os líderes sociais (“influencers”), os partidos políticos e os seus líderes, principalmente. Acreditar em Deus se tornou uma questão secundária. O conceito de alienação é idêntico ao conceito bíblico de idolatria. O ser humano se submete às coisas por ele criadas e às circunstâncias dos seus atos. Talvez, nesse momento de “Big Brothers”, a esperança seja uma pomba “bicolor” com um ramo de oliveira no bico, indicando o MEIO DO CAMINHO ENTRE O CÉU E O INFERNO.
Elias Do Brasil
ALFA E ÔMEGA
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Mestre Elias do Brasil, seu olhar crítico sobre a situação presente procura nos trazer de volta ao plano original de Deus. Com certeza, respeitando os mandamentos Dele, nos afastamos dos maus caminhos que o cotidiano nos está forçando a trilhar!
Excelente, como sempre