No dia mais quente do ano, o segundo maior da história de São Paulo, a cidade registrou queda de energia em diversos pontos nesta segunda-feira (13).
Na Avenida Paulista, e na região da Avenida Luís Carlos Berrini, na Zona Sul, alguns prédios ficaram totalmente ou parcialmente sem luz. Nestes dias, as pessoas usam mais o ar condicionado, ventiladores e aumentam a potência da geladeira, o que sobrecarga o sistema.
De acordo com a ISA CTEEP, que opera a rede de transmissão de energia elétrica em 94% do estado, “foram verificadas elevações abruptas da carga da distribuidora na região da Av. Faria Lima (cerca de 36% em relação a semana passada), possivelmente em função da onda de calor na cidade de São Paulo, o que provoca redução no perfil de tensões de atendimento aos consumidores.”
“Ressaltamos que todas as medidas operativas disponíveis foram tomadas, em conjunto com a distribuidora ENEL, para elevação do perfil de tensão aos níveis normais. Porém, as causas ainda estão em análise pelas empresas. Importante ressaltar que hoje foi registrado recorde de carga no estado de São Paulo, decorrentes da forte onde de calor, que deve persistir até o final da semana”, completou.
Segundo a Enel, concessionária responsável pela energia elétrica na cidade, a falta de luz foi ocasionada por ocorrências externas, registradas no Sistema Interligado Nacional.
“A Enel Distribuição São Paulo informa que, às 16h47 e 18h31 de hoje (13/11), ocorrências externas à rede da Enel, registradas no Sistema Interligado Nacional, impactaram o fornecimento de energia para parte dos clientes.”
Na semana passada, após o temporal do dia 3 de novembro, milhares de pessoas ficaram sem luz na Grande São Paulo.
A Sabesp informou que duas quedas seguidas de energia elétrica afetaram o funcionamento de estações elevatórias de água que atendem a região de Embu das Artes e Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. A operação dos equipamentos não havia sido retomada até as 21h30.
” As oscilações, às 16h50 e às 18h35, prejudicaram a recuperação do fornecimento de água em trechos afetados pela manutenção emergencial do Sistema Guarapiranga concluída na madrugada de sábado (11). O consumo elevado em virtude das altas temperaturas já vinha tornando a retomada do fornecimento mais lenta”, diz a companhia.
Recordes
Com 37,7ºC, segundo o Inmet, a cidade de São Paulo registrou nesta segunda-feira (13) o dia mais quente do ano e a segunda maior temperatura máxima da história das medições feitas pelo Instituto Nacional de Meteorologia, em 1943.
Pelos dados do Inmet, a maior temperatura já registrada ocorreu em 17 de outubro de 2014, quando os termômetros marcaram 37,8ºC.
O valor é o mais alto já registrado para o mês de novembro desde o início das medições do órgão, há 19 anos. Até então, a maior temperatura registrada para o período havia sido de 35,3°C, em 2019.
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Foto: BRUNO ROCHA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO
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