Amazonas bate recorde de criação de bovinos com 2,6 milhões de cabeças

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O Amazonas atingiu, pela primeira vez, a marca de 2,6 milhões de bovinos em 2024, segundo a PPM (Pesquisa da Pecuária Municipal) divulgada nesta quinta-feira (18) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O rebanho é 1,09% do efetivo nacional, estimado em 238,2 milhões de cabeças, e é considerado histórico pois em 51 anos o estado nunca havia superado a barreira dos 2,5 milhões de animais.

Entre os municípios amazonenses, Lábrea concentrou o maior número de bovinos com 693,9 mil cabeças, seguido de Boca do Acre (488,4 mil) e Apuí (306,4 mil). Esses municípios são localizados no Sul do estado, região que concentra grande parte da pecuária. Os menores efetivos foram registrados em Atalaia do Norte (50 cabeças), Barcelos (65) e Santa Isabel do Rio Negro (82).

Na Região Norte, o crescimento foi de 2,4%, com total de 64,5 milhões de bovinos, o equivalente a 27,1% do rebanho brasileiro.

Produção de leite, aves e bubalinos

Em 2024, o Amazonas produziu 58,6 milhões de litros de leite. Autazes liderou a produção com 10,5 milhões de litros, seguido de Boca do Acre (9,9 milhões) e Careiro da Várzea (8 milhões). Nos extremos da produção, Maraã produziu 12 mil litros, enquanto Juruá e Uarini tiveram apenas 5 mil litros cada.

Foram ordenhadas 95,3 mil vacas, o que representa 0,63% do total nacional de 15,1 milhões de animais. No Brasil, a produção foi de 35,7 bilhões de litros, enquanto a Região Norte somou 1,7 bilhão.

Apesar da expansão bovina, o maior efetivo pecuário do estado em 2024 foi o de galináceos [grupo de aves que inclui a galinha doméstica, além de espécies como perus e faisões], com 5,5 milhões de cabeças. Em seguida vieram as galinhas destinadas à produção de ovos (3,8 milhões).

Manaus concentrou a maior criação de aves (2,8 milhões), seguido de Manacapuru (752,9 mil) e Iranduba (480,1 mil), enquanto os menores números foram registrados em Uarini (910), Caapiranga (1.200) e Itamarati (1.304). Na Região Norte, o efetivo de galináceos chegou a 51,5 milhões, e no Brasil somou 1,6 bilhão.

Outro destaque foi a produção de bubalinos [búfalos domésticos criados para produção de carne e leite], que somou 152,7 mil cabeças. Autazes concentrou a maior parte do rebanho, com 49 mil animais, seguido de Itacoatiara (28,3 mil) e Careiro da Várzea (13,6 mil). Já Anori, Envira e Santa Isabel do Rio Negro registraram os menores plantéis, variando entre 10 e 20 cabeças.

Ovos, mel e aquicultura

A produção de ovos de galinha no Amazonas atingiu 72,6 milhões de dúzias em 2024, um aumento de 10,4 milhões em relação ao ano anterior. Foi a segunda maior produção da série histórica de 51 anos da PPM, atrás apenas de 2021, quando o estado produziu 79,4 milhões de dúzias. A participação do Amazonas corresponde a 1,3% da produção nacional (5,4 bilhões de dúzias) e a 32,7% da Região Norte (222,1 milhões).

Os maiores produtores foram Manaus (40,6 milhões de dúzias), Manacapuru (11,3 milhões) e Iranduba (5,8 milhões), enquanto Uarini, Alvarães e Caapiranga tiveram os menores volumes. O valor total gerado chegou a R$ 552,4 milhões.

Nos ovos de codorna, o estado produziu 635 mil dúzias, o que representa 0,25% da produção nacional e 40,9% da Região Norte. Manaus, Manacapuru e Iranduba lideraram a produção, gerando R$ 1,9 milhão.

A produção de mel chegou a 67,2 mil quilos, com valor estimado em R$ 4,4 milhões, distribuídos em 38 municípios. Os maiores volumes foram registrados em Boa Vista do Ramos (21,2 mil quilos), Manaus (8,5 mil) e Humaitá (5,6 mil), enquanto São Paulo de Olivença e Amaturá produziram menos de 50 quilos cada.

Na aquicultura, o tambaqui foi o principal produto, com 8,5 milhões de quilos, seguido de matrinxã (2,8 milhões), pirapitinga (265 mil) e pirarucu (207 mil). Manacapuru liderou a produção de tambaqui (1,9 milhão de quilos), seguida de Rio Preto da Eva (1,5 milhão).

A maior parte da produção está concentrada no entorno de Manaus, maior centro consumidor do estado. Em nível nacional, Rondônia liderou a produção de tambaqui, com 52,9 milhões de quilos, seguido de Roraima (12,9 milhões) e Maranhão (11,7 milhões). O Amazonas ocupou a quinta posição entre os maiores produtores.

A PPM é realizada pelo IBGE há 51 anos e fornece informações sobre efetivos da pecuária, produção de leite, ovos, mel e aquicultura, coletados junto a entidades públicas e privadas, produtores e órgãos de fiscalização.

Fonte: Amazonas Atual/Foto: Licia Rubinstein/IBGE

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