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Amazonas decreta estado de emergência em 20 municípios por conta da seca dos rios

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O Amazonas decretou estado de emergência em 20 municípios, situados nas calhas do Juruá, Purus e alto Solimões, por conta da seca que atinge os rios no estado. O decreto têm duração de 180 dias, a partir da publicação no Diário Oficial, que deve ser feita ainda nesta sexta-feira (5).

Além disso, o governo também decretou emergência ambiental no estado devido às queimadas registradas no sul do Amazonas, Manaus e região metropolitana.

As informações foram divulgadas, no fim da manhã desta sexta-feira (5), na sede do governo durante entrevista coletiva.

“O Decreto de Emergência é importante para que se possa dar amparo legal aos municípios e que eles possam se mobilizar e que a gente possa também estabelecer essa relação e essa comunicação com o Governo Federal. É importante para que a gente tenha um guarda-chuva de legalidade para tomar as decisões e as ações que vamos tomar, para que essa ajuda possa chegar o mais breve possível”, explicou o governador.

Em entrevista, Wilson Lima também informou que será criado dois comitês durante esse período da estiagem.

  • comitê de enfrentamento com todos os órgãos do estado;
  • comitê técnico científico sobre mudanças climáticas.

Decretos

De acordo com a Defesa Civil, os níveis dos rios em todas as calhas do Amazonas estão abaixo do esperado para o período, se comparado a anos anteriores.

A cota do Rio Negro, nesta sexta-feira, por exemplo, chegou à marca de 26,70 metros. Em anos anteriores, as cotas nesse mesmo dia eram de 27,89 metros (2023); 29,59 metros (2022) e 29,87 metros (2021).

Já em Tabatinga, um dos municípios englobados no decreto, a cota chegou a marca de 6,32cm, na manhã desta sexta (5). Os dados são da Agência Nacional de Águas, que conta com uma estação de monitoramento no porto da cidade.

O decreto de situação de emergência por estiagem alcança:

Calhas do Juruá

  • Guajará;
  • Ipixuna
  • Envira;
  • Itamarati;
  • Eirunepé;
  • Carauari;
  • Juruá;

Purus

  • Pauini;
  • Lábrea;
  • Tapauá;
  • Beruri;
  • Canutama;
  • Boca do Acre

Alto Solimões

  • Atalaia do Norte;
  • Benjamin Constant;
  • Tabatinga;
  • São Paulo de Olivença;
  • Amaturá;
  • Santo Antônio do Içá;
  • Tonantins.

Já o decreto emergencial ambiental entra em vigor em municípios do sul do estado, Manaus e região metropolitana. Durante o período de 180 dias vai ficar proibido a prática de fogo, com o sem uso de técnicas de queima controlada.

“O Decreto de Emergência Ambiental define as atribuições das entidades do governo, seja Bombeiros, Ipaam, Idam, Sema, no combate, em especial, a esses focos de calor. Também traz uma inovação porque determina os critérios de qualidade do ar, uma vez que ano passado a gente enfrentou um problema grave com as fumaças que se localizaram aqui em cima da cidade de Manaus, e também proíbe o uso do fogo enquanto persistir a estiagem”, afirmou o titular da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Eduardo Taveira.

Ao todo, o decreto abrange 20 cidades:

  • Apuí;
  • Novo Aripuanã;
  • Manicoré;
  • Humaitá;
  • Canutama;
  • Lábrea;
  • Boca do Acre;
  • Manaus;
  • Iranduba;
  • Novo Airão;
  • Careiro da Várzea;
  • Rio Preto da Eva;
  • Itacoatiara;
  • Presidente Figueiredo;
  • Manacapuru;
  • Careiro;
  • Autazes;
  • Silves;
  • Itapiranga;
  • Manaquiri.

*G1/AM/Foto: Roney Elias/Rede Amazônica

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