Apenas 11 das 62 cidades do Amazonas têm unidades operacionais do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM). Segundo a corporação, nos municípios onde não há bombeiros, as prefeituras contratam brigadistas e carros-pipas.
Em casos de emergência e de incêndios prolongados, bombeiros de outras cidades são remanejados. Foi o que aconteceu com municípios que enfrentam incêndios e queimadas nos últimos meses.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, atualmente 25 municípios do Estado concentram 90% dos incêndios no Amazonas. No entanto, entre eles, apenas 10 contam com unidades permanentes do Corpo de Bombeiros.
As outras 15 cidades, todas sem unidades do Corpo de Bombeiros, passaram a contar com reforços neste período, por conta das ocorrências de incêndios no Estado.
Crise ambiental
O Amazonas vem enfrentando uma crise ambiental. Além de ainda estar sendo afetado pela seca severa, o Estado sente os efeitos de incêndios e queimadas na floresta Amazônica. A situação deixou cidades, principalmente Manaus, encobertas por uma onda de fumaça.
Entre julho e novembro deste ano, o Amazonas registrou 2.074 incêndios. Os municípios de Apuí, Boca do Acre, Humaitá, Lábrea e Manicoré lideraram os focos de incêndio. Entretanto, apenas Humaitá já tinha uma unidade operacional do Corpo de Bombeiros. As outras quatro cidades estão entre os 15 municípios que receberam efetivo neste ano.

Veja a lista das 11 cidades do Amazonas que contam com unidades operacionais do Corpo de Bombeiros:
- Iranduba
- Manacapuru
- Rio Preto da Eva
- Presidente Figueiredo
- Novo Airão
- Humaitá
- Tabatinga
- Itacoatiara
- Parintins
- Tefé
- Manaus
Lista das 15 cidades que não têm unidades e que receberam reforços neste ano:
- Apuí
- Autazes
- Boca do Acre
- Borba
- Canutama
- Careiro Castanho
- Careiro da Várzea
- Itapiranga
- Lábrea
- Manaquiri
- Manicoré
- Maués
- Nhamundá
- Novo Aripuanã
- Silves
O Corpo de Bombeiros informou que o envio do reforço para os municípios foi com base no plano de implantação do Grupamento Integrado de Combate a Incêndio e Proteção Civil (GCIP).
O documento prevê a instalação de unidades operacionais em municípios do interior – com maiores índices de focos de incêndio – além da criação de serviços de prevenção de combate a incêndios e atendimento de emergências em municípios onde não há postos do Corpo de Bombeiros.
Municípios sem unidades dos bombeiros

Cerca de 59% dos municípios do Amazonas não têm unidades operacionais do Corpo de Bombeiros, para atender as ocorrências que podem acontecer nas cidades.
Segundo o Corpo de Bombeiros, nos municípios onde não há unidades operacionais da corporação, as gestões municipais fazem a contratação de brigadistas e de carros-pipas. A capacitação desses brigadistas é coordenada pelo Corpo de Bombeiros.
Em casos de ocorrências, por exemplo, desastres naturais com vítimas ou de qualquer outro segmento em que haja necessidade de busca e resgate, a prefeitura local faz a solicitação junto ao Corpo de Bombeiros, que envia militares para atuação na ocorrência.
*Foto: CBMAM
*G1 Amazonas