Após nota, Lula define três frentes de reação a tarifaço de Trump

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Além de divulgar uma nota oficial, o presidente Lula definiu ao menos três frentes de reação à tarifa de 50% a produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos, anunciada na quarta-feira (9/7) pelo presidente americano, Donald Trump.

A primeira frente, segundo apurou a coluna, será organizar reuniões com os setores da economia brasileira que serão mais atingidos pelo tarifaço. A ideia, de acordo com ministros do governo, é discutir juntos uma “linha de proteção”.

O discurso do Palácio do Planalto é o de que Lula atuará para “defender” as empresas brasileiras e os empregos gerados por elas. Com a estratégia, o petista vê uma chance de se aproximar de setores antipáticos a seu governo, como o agronegócio.

A segunda frente de reação de Lula foi escalar os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Mauro Vieira (Itamaraty), além do vice-presidente Geraldo Alckmin, que é ministro da Indústria e Comércio Exterior, para negociarem com governo Trump.

No governo Lula, já há quem defenda, inclusive, acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a tarifa imposta por Trump. O argumento seria de que o tarifaço não teve motivação técnica e fere o princípio da concorrência igualitária.

Planalto quer explorar tarifaço politicamente

A terceira frente de reação de Lula será na esfera política. A estratégia do Planalto é explorar o episódio politicamente, jogando a culpa da tarifa de 50% imposta por Trump ao Brasil no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e em seus aliados.

Já na noite da quarta-feira, ministros palacianos como Sidônio Palmeira e Gleisi Hoffmann foram às redes sociais explorar o discurso de que, enquanto o presidente Lula “quer taxar os super ricos”, “Bolsonaro quer taxar o Brasil”.

Os bolsonaristas, por sua vez, já reagiram à estratégia dos petistas. Como noticiou a coluna, o grupo traçou um plano para tentar se descolar do episódio, jogando a culpa do tarifaço em Lula e no ministro do STF Alexandre de Moraes.

A reunião de Lula com ministros

Assim como a nota pública divulgada por Lula na noite da quarta-feira, as frentes de reação foram discutidas pelo presidente da República durante uma reunião com Alckmin e ministros no Palácio do Planalto.

Participaram do encontro os ministros Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Jorge Messias (AGU), Sidônio Palmeira (Secom), Rui Costa (Casa Civil), além de Haddad, Alckmin e outros assessores da área internacional.

Fonte: Metrópoles/Foto: Marcelo Câmara/Agência Brasil

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