A Apple anunciou uma nova medida de segurança que será implementada a partir de setembro nos Estados Unidos e, posteriormente, no resto do mundo. Esta medida visa combater o uso de peças roubadas de iPhones em reparos de outras unidades do smartphone. Este artigo explora as novas regras, o impacto no mercado de reparos e as implicações para os usuários.
Novo Sistema de Bloqueio
O novo sistema de bloqueio da Apple será responsável por interromper automaticamente a reativação de iPhones que receberam componentes reciclados provenientes de ações criminosas. Essa iniciativa faz parte de um pacote de regras destinado a permitir que clientes e assistências técnicas independentes reaproveitem peças usadas de iPhones em reparos. Esta mudança representa uma evolução em relação à política anterior da empresa, que permitia apenas o uso de componentes novos.
Motivação e Impacto Ambiental
De acordo com a Apple, as novas medidas visam aumentar a durabilidade dos aparelhos e reduzir o impacto ambiental dos reparos. A reutilização de peças de iPhones não só contribui para a sustentabilidade, mas também atende a uma demanda crescente por práticas mais ecológicas no setor de tecnologia. No entanto, a empresa observou um aumento significativo nos roubos e furtos de iPhones, especialmente em mercados centrais como os Estados Unidos, o que motivou a implementação dessas medidas adicionais de segurança.
Bloqueio de Ativação Estendido
A Apple já possui um recurso chamado Bloqueio de Ativação, que impede que um aparelho perdido ou roubado seja reativado. Com a nova medida, esse recurso será estendido às peças dos iPhones. Se um aparelho em reparo detectar que um componente compatível foi obtido de um dispositivo com o Bloqueio de Ativação ou Modo Perdido ativado, o processo de reparo será interrompido imediatamente. Isso significa que, para impedir que peças do seu iPhone sejam reutilizadas em caso de roubo ou perda, os usuários devem ativar o Bloqueio de Ativação.
Proteção de Dispositivo Roubado
Além do Bloqueio de Ativação, a Apple recomenda que os usuários habilitem a função “Proteção de Dispositivo Roubado”, anunciada em janeiro. Este recurso exige o reconhecimento facial (Face ID) para acessar informações sensíveis, como senhas e dados armazenados na nuvem, mesmo que o ladrão tenha acesso à senha inicial de desbloqueio do iPhone. Além disso, o Face ID também é necessário para restaurar os padrões de fábrica do aparelho, dificultando ainda mais o uso de iPhones roubados.
As novas medidas de segurança da Apple representam um avanço significativo na proteção contra o uso de peças de iPhones roubados em reparos. Ao estender o Bloqueio de Ativação para componentes individuais e recomendar a habilitação da Proteção de Dispositivo Roubado, a empresa reforça seu compromisso com a segurança dos usuários e a sustentabilidade ambiental. Os usuários devem estar atentos e ativar essas funções em seus dispositivos para garantir a máxima proteção contra roubos e furtos.
*Fonte: Observatório da Reserva / Foto: Reprodução