Dados fornecidos pela Agência Nacional de Saúde (ANS) e divulgados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCM) apontam que, em 2022, foram realizadas 65.256 cirurgias bariátricas por planos de saúde, um aumento significativo em relação a 2021, quando foram realizadas 57.152 intervenções no mesmo setor de convênios médicos. Este número cresce de acordo com a taxa de brasileiros que estão em situação de obesidade grave.
O procedimento não serve apenas como um diminuidor de peso, ele também ajuda no combate de enfermidades, como: câncer, diabetes tipo 2, esteatose, doenças cardiovasculares, entre outras.
Para o Dr. Leandro Nóbrega, Cirurgião Digestivo/Bariátrico CRM PB7689, RQE 4906/6303, existem muitos gatilhos que levam a essa conjuntura: “O estilo de vida sedentário, aliado a dietas ricas em alimentos processados e com alto teor calórico, contribuiu para o aumento dos índices de obesidade no país”, diz. “Em segundo lugar, o reconhecimento dos benefícios a longo prazo da cirurgia, não apenas na perda de peso, mas também na melhora de comorbidades associadas à obesidade, aumentou a confiança nesse tipo de procedimento cirúrgico ”
Segundo o médico, outro ponto vem influenciando positivamente a procura pelo tratamento: a crescente conscientização sobre os riscos associados à obesidade e o maior acesso à informação.
Em relação aos riscos que a operação pode trazer, o doutor Leandro Nóbrega comenta: “Em casos de obesidade extrema, os riscos associados à condição frequentemente superam os riscos do procedimento cirúrgico”, pontua. “Além do que, quando bem conduzida e seguida de acompanhamento médico e multidisciplinar, pode ser um divisor de águas na vida de um paciente, dando-lhe uma nova oportunidade de viver de forma saudável e plena”
Porém, a cirurgia bariátrica caminha lado a lado com um processo de reeducação completo. Aderir a um estilo de vida mais saudável, seguir todas as orientações médicas, tal como um acompanhamento psicológico e nutricional, precisam ser implementados para que a mudança no corpo seja permanente, equilibrada e saudável, adverte o médico.
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*Estadão Conteúdos