Yoon Suk Yeol possui contra si um mandado de prisão expedido no dia 31 de dezembro, após o presidente afastado se negar a acatar diversas convocações de prestar depoimentos à Justiça. Ele está sendo investigado criminalmente por insurreição após decretar lei marcial, que restringiu direitos civis, no início de dezembro. Ele sofreu um impeachment por conta disso.
Ainda que afastado, Yoon Suk Yeol ainda é considerado formalmente como presidente, e sua destituição definitiva do cargo está sendo julgada pelo Tribunal Constitucional sul-coreano, que tem até 6 meses para decidir se acata a decisão do Parlamento.
Após a desistência das forças anticorrupção nesta sexta, a equipe jurídica de Yoon afirmou que o mandado de prisão é ilegal e que o CIO não tem autoridade para investigar insurreição. O presidente afastado havia dito na quinta (2) que vai “lutar até o final para proteger o país”. Esta é a primeira vez na história sul-coreana que um presidente em exercício é alvo de um mandado de prisão.
Dada a resistência imposta aos policiais, a unidade conjunta de investigação da Coreia do Sul resolveu abrir investigação contra o chefe e o vice-chefe do serviço de segurança de Yoon por acusações de obstrução da Justiça, intimando-os a depor no sábado (4), segundo a Yonhap.
Esta não foi a primeira vez que a segurança presidencial de Yoon resistiu a ordens da Justiça sul-coreana. Desde o impeachment, em meados de dezembro, os seguranças também impediram cumprimento mandados de busca em endereços do presidente afastado.
Agora, o CIO pretende pedir ao presidente interino Choi Sang-mok para exigir que as forças presidenciais colaborem com a execução do mandado de prisão. Choi Sang-mok assumiu o cargo há 7 dias, após a deposição-relâmpago do presidente interino anterior, Han Duck-soo.
Protestos
Além das forças de segurança de Yoon, manifestações de apoiadores do presidente afastado do lado de fora da residência presidencial também complicaram o esforço das autoridades do Escritório de Investigação de Corrupção.
Mais de 1.000 manifestantes pró-Yoon se reuniram perto da residência na manhã de sexta-feira. Cercados por cerca de 2.700 policiais enviados para manter a ordem, eles entoavam: “Mandado ilegal. Totalmente inválido” e “Prendam o CIO.”
Quando a notícia da retirada do CIO foi divulgada, os manifestantes, cujo número havia crescido para 11 mil, segundo estimativa da polícia, explodiram em comemoração e gritaram “Vencemos” enquanto agitavam as bandeiras da Coreia do Sul e dos Estados Unidos e entoavam o nome do presidente.
Centenas de manifestantes contrários a Yoon, liderados pela Confederação Coreana de Sindicatos, realizam um protesto perto da residência para exigir a prisão de Yoon na noite desta sexta, no horário local.
Fonte: G1/Foto: Imagem: Reuters