Após dois anos sem desfile no carnaval, o Acadêmicos do Baixo Augusta arrasta uma multidão de foliões neste domingo, 12, na Rua da Consolação até Praça Franklin Roosevelt, no centro. “Viver e não ter a vergonha de ser feliz…”, cantou a multidão em conjunto com os músicos.
Ao jornal O Estado de S. Paulo, os foliões falaram na alegria da volta do carnaval de rua em São Paulo. “O Baixo Augusta tem essa representação da cultura e da liberdade, com música boa”, diz a assistente social Eliana Mariani, de 56 anos, foliã do bloco há outros carnavais. “Eu sofri por esses dois anos sem carnaval.”
O desfile começou com uma contagem regressiva, após falas da diretoria sobre a força do setor cultural e o papel democrático do carnaval. O tema do cortejo deste ano é Atentos e Fortes, em referência à Gal Costa, morta em 2022, e ao momento político.
Com Wilson Simoninha de diretor musical e puxador, a agremiação tem participações especiais. Entre elas, está o Olodum e as artistas Marina Sena, Céu e Sophie Charlotte.
A madrinha do bloco, Tulipa Ruiz, também participa, assim como a rainha, Alessandra Negrini.
A historiadora Tayna Rios, de 34 anos, foi ao Baixo Augusta acompanhada da mãe, a promotora de vendas Maria da Graça Rios, de 56 anos. “É uma sensação de ‘ufa’, voltamos à realidade anterior depois de dois anos isoladas das pessoas”, diz.
A assistente de administração Daniela Brito, 19 anos, saiu de Diadema, na Grande São Paulo, com amigos, em uma viagem de trem, metrô e ônibus. “É muito gratificante voltar ao carnaval depois de tudo que passamos nos últimos anos.”
Ao todo, mais de 500 desfiles estão programados para o carnaval de rua em São Paulo. A programação oficial começou no sábado, 11, e continua neste domingo, 12 (pré-carnaval), e nos dias 18, 19, 20 e 21 (carnaval) e 25 e 26 de fevereiro (pós-carnaval).
Há opções para públicos de diferentes perfis, desde megablocos até cortejos voltados às crianças, e em todas as subprefeituras da cidade.
*Estadão conteúdo