BBB 24: Após Vanessa Lopes, psicóloga explica o que leva alguém a desistir do reality

Publicado em

Na tarde desta sexta-feira, 19, Vanessa Lopes apertou o botão de desistência do Big Brother Brasil 24. A sister já demonstrava, no transcorrer desta semana, estar com a saúde mental abalada após 11 dias de confinamento.

A influenciadora apresentou diversos comportamentos contraditórios nos últimos dias. Além de sugerir que a produção do programa estaria conspirando contra ela, Vanessa questionou se seus colegas de confinamento eram atores.

No entanto, a desistência de participantes do reality, motivada por instabilidade emocional, tem sido recorrente. Bruno Gaga (BBB 23), Tiago Abravanel (BBB 22) e Lucas Penteado (BBB 21) são apenas alguns dos nomes de competidores que optaram por interromper sua participação na competição.

Paloma Muniz, psicóloga que trabalha na equipe do La Maison – Drag me as a Queen, edição do programa do canal fechado E! Entertainment, explica que, ainda que não seja possível traçar um diagnóstico dos desistentes, uma vez que é necessário uma análise e acompanhamento de perto, a experiência do confinamento, realmente, pode ser muito nociva para a saúde mental.

“No caso de um reality como o Big Brother – que exige confinamento, privação de sono em algumas provas de resistência, alimentação restritiva, além de estar sendo vigiado, sem qualquer informação do mundo externo – o ambiente pode tornar-se aversivo e propulsor de alto nível de estresse para os participantes, pondo em risco a saúde mental para alguns, mais que para outros”, afirma.

Isso porque, segundo a psicóloga, a saúde mental envolve diversas camadas, como predisposição genética, histórico familiar, doenças crônicas, abstinência, traços da personalidade, recorte sócio racial, história de vida.

Ainda que a equipe do programa realize uma avaliação e acompanhamento prévio, o que Juliette já confirmou que acontece no BBB (veja a entrevista completa aqui), Paloma explica que os riscos à saúde mental do participante podem se revelar apenas no confinamento.

“Aí que surgem os limites que definem a intervenção imediata e retirada do participante do programa. Quando, por exemplo, esse integrante oferece risco para si e para outros, como em casos de surto, episódios de mania (euforia), quadros psicóticos com delírios, alucinações, episódios de autoagressividade, entre outros fatores”, explica.

“Para a equipe de psicólogos de um reality, quando identificado um risco iminente à integridade física e mental de algum participante, a intervenção torna-se necessária e muitas vezes urgente, independente do contrato de acordo efetuado com a produção (…) É essencial, no entanto, que, junto à retirada, haja acolhimento e encaminhamento adequado deste participante aos profissionais de saúde mental”, concluiu.

*Foto: reprodução

*Estadão Conteúdos

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Compartilhe

Assine Grátis!

Popular

Relacionandos
Artigos

O que diz o novo decreto da Igreja Católica sobre sexo no casamento

Um novo decreto da Igreja Católica atualiza orientações sobre sexo no casamento para...

Redução de pena de Bolsonaro emperra na Câmara, e PL cobra acesso ao relatório da anistia

Parlamentares de oposição afirmam que ainda não tiveram acesso ao relatório...

Brasil tem 16,4 milhões de moradores de favelas em 12.348 comunidades do tipo, revela IBGE

O Censo 2022 identificou 12.348 favelas e comunidades urbanas espalhadas...

Cary-Hiroyuki Tagawa, ator de ‘Mortal Kombat’ e ‘Pearl Harbor’, morre aos 75 anos

Morreu, nesta quinta-feira (4), Cary-Hiroyuki Tagawa, ator japonês que...