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Bienal: Sabedoria indígena leva homem suspenso no ar e estátua viva ao Ibirapuera

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Foto: Instagram/@bienalsaopaulo | João Hidalgo / Fundação Bienal de São Paulo | Levi Fanan / Fundação Bienal de São Paulo / Estadão https://www.terra.com.br/diversao/bienal-de-falsos-segurancas-a-monumento-vivo-confira-performances-de-2023,372df5a7e62f6227fc16386b8c2aa9bcn1wncj9x.html?utm_source=clipboard

A 35ª Bienal de São Paulo acontece no Parque Ibirapuera desde o dia 6 de setembro, com cerca de 80% dos participantes compostos por artistas não-brancos. Há diversas obras de artistas indígenas, descendentes de indígenas ou inspirados por populações indígenas do Brasil e da América Latina em exposição. Confira a seguir algumas em destaque.

Benvenuto Chavajay

O artista é descrito também como um ritualista que convoca mundos, submundos e supramundos na Bienal de São Paulo, onde se pendurou de cabeça para baixo – o que na cultura maia é algo que representa a fertilidade e a celebração da vida. Benvenuto Chavajay nasceu em 1978, na Guatemala, e parte de seu trabalho tem como foco os povos originários.

Marilyn Boror Bor

A guatemalteca Marilyn Boror Bor fica em pé, como se fosse, de fato, uma estátua, chegando a colocar cimento em seus pés. A ativista indígena fica em frente a uma placa que destaca a performance como sendo “em memória dos defensores da terra, dos guias espirituais, em agradecimento aos presos políticos e aos líderes comunitários”.

MAHKU

Sigla para Movimento dos Artistas Huni Kuin, o coletivo artístico surgiu em 2013, no Estado do Acre, no município de Jordão e na aldeia Chico Curumim, na Terra Indígena Kaxinawá. Os artistas que o integram, Ibã Huni Kuin, Bane Huni Kuin, Mana Huni Kuin, Acelino Tuin e Kássia Borges, abordam a iconografia Huni Kuin, com uma área de imprecisão entre o sonho e o mito, na qual a moldura se adapta ao suporte trabalhado.

Aida Harika Yanomami, Edmar Tokorino Yanomami e Roseane Yariana Yanomami

Nascidos na comunidade Watorik?, na região do Demini da Terra Indígena Yanomami, Amazônia brasileira, os cineastas integram um coletivo de comunicadoras Yanomami, e dirigiram filmes como Thuë Pihi Kuuwi – Uma mulher pensando e Yuri U Xëatima Thë – A pesca com Timbó.

Os filmes falam sobre histórias íntimas do povo Yanomami através de dois de seus rituais: a pesca realizada com cipó macerado, posta em balaios em rios no tempo de seca, e a preparação de uma mulher indígena para um ritual.

Carmézia Emiliano

Nascida em Maloca do Japó, no interior de Roraima, região Norte do Brasil, em 1960, a artista indígena dedica sua vida artística à pintura desde os anos 1990, retratando a cultura macuxi, povo que habita a região fronteiriça brasileira, venezuelana e guianense, na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, palco de conflitos por conta do garimpo ilegal. Recentemente, ela foi tema de uma exposição individual no MASP.

Manuel Chavajay

Nascido em San Pedro La Laguna, na Guatemala, na América Central, Manuel é um artista maia-tz’utujil cuja obra constrói imagens, ações e objetos com denúncias e reivindicações de sua própria cultura feitas de forma poética. Sua família foi vítima de conflito armado na Guatemala, e aborda a espiritualidade e a cosmovisão maia, através de sua conexão com a natureza e a vida. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

*Estadão Conteúdos

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