Primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson afirmou que seu governo pretende obrigar, a partir de setembro, que cidadãos britânicos se vacinem contra a covid-19 com todas as doses necessárias para participar de ambientes com grandes aglomerações, como boates, ou de grandes eventos.
Durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 19, Johnson defendeu a suspensão de todas as restrições relacionadas à crise sanitária, mesmo com o aumento dos casos e hospitalizações por covid-19 no país, diante da disseminação da variante delta, mais contagiosa. “Há um ponto em que as restrições deixam de prevenir mortes e apenas atrasam o inevitável”, argumentou o premiê, adicionando que as novas infecções no Reino Unido estão dentro da margem máxima para prosseguir com a reabertura.
Ainda assim, Johnson disse não poder garantir que a retomada não se reverterá, caso as condições piorem no país. Segundo ele, é necessário ser “humilde diante da natureza”, uma vez que novas mutações do vírus podem mudar a situação. Para evitar novas restrições, o premiê disse ser necessário manter o sistema de testagem e rastreio de casos de covid-19, e isolamento em casos confirmados de infecção.
De acordo com o conselheiro médico chefe do governo britânico, Patrick Vallence, 60% das pessoas que estão sendo hospitalizadas por covid-19 no Reino Unido tomaram as duas doses das vacinas contra a doença. Segundo ele, este dado não é inesperado, já que os imunizantes não possuem 100% de eficácia, ainda que ela seja “alta”.
Vallance ainda atualizou os números da pandemia no Reino Unido. Segundo ele, 46.024 foram contaminadas diariamente nos últimos sete dias, em média, enquanto o número de óbitos por covid-19 ficou em 42 por dia, na mesma comparação. 46,3 milhões de britânicos tomaram uma dose das vacinas. Destes, 36,1 milhões foram inoculados pela segunda vez.
*Estadão Conteúdos