Os três acusados do assassinato do indigenista brasileiro Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips, serão ouvidos nesta segunda-feira (17), durante audiência de instrução e julgamento, em Tabatinga. A audiência vai definir se os acusados vão a júri popular.
Os três réus – Amarildo da Costa de Oliveira, Oseney da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima – serão ouvidos a partir das 8h, no horário de Tabatinga. Os acusados estão em presídios federais e vão participar da audiência por videoconferência.
Em meio a problemas técnicos e de internet, nove pessoas, entre testemunhas e informantes, foram ouvidas durante cinco dias de audiência. Nesta segunda-feira, pela primeira vez os acusados vão ser ouvidos pela Justiça.
Na audiência de instrução e julgamento, o objetivo é verificar se as provas testemunhais colhidas durante a fase do inquérito policial são robustas ou não para os acusados irem a júri popular.
Caso Bruno e Dom
- Bruno e Dom desapareceram quando faziam uma expedição para uma investigação na Amazônia, e foram vistos pela última vez no dia 5 de junho de 2022, quando passavam em uma embarcação pela comunidade de São Rafael.
- De São Rafael, seguiriam para Atalaia do Norte. A viagem de 72 quilômetros deveria durar apenas duas horas, mas eles nunca chegaram ao destino.
- As vítimas teriam foram mortas a tiros e os corpos, esquartejados, queimados e enterrados.
- Segundo laudo de peritos da PF, Bruno foi atingido por três disparos, dois no tórax e um na cabeça. Já Dom foi baleado uma vez, no tórax.
- Os restos mortais dos dois foram encontrados em 15 de junho.
Amarildo da Costa Oliveira, o “Pelado”, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos santos”, e Jefferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”, foram presos suspeitos de cometerem os assassinatos.
Além dos três acusados, no fim de janeiro, a Polícia Federal (PF) apontou Rubén Dario da Silva Villar, conhecido como “Colômbia”, como o mandante dos homicídios.
Colômbia está preso desde dezembro do ano passado. Ele chegou a ser solto após pagar uma fiança de R$ 15 mil, em outubro. A prisão foi decretada novamente pela Justiça Federal após ele descumprir condições impostas quando obteve liberdade provisória. Colômbia também é investigado por pesca ilegal e tráfico de drogas.
Segundo as investigações, “Colômbia” tinha relação direta com Amarildo. No processo, o Ministério Público Federal denunciou Amarildo, Oseney e Jefferson pelo assassinato das vítimas. De acordo com o superintendente, Colômbia também será indiciado.
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