Caso de poliomielite no Peru foi a 500 km da fronteira com Amazonas e Acre

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O caso de poliomelite em um bebê indígena em Loreto, no Peru, foi a 500 km de distância da fronteira do país com o Amazonas e Acre. Após o registro, autoridades de saúde de Benjamin Constant, interior do Amazonas, intensificaram a vacinação contra a doença em crianças menores de cinco anos.

O governo do Peru confirmou o caso de poliomielite em um bebê indígena no Distrito de Manseriche, no estado de Loreto, no dia 22 de março deste ano. A Rede Amazônica apurou que o local fica a cerca de 500 km de distância da fronteira com o Brasil.

A região de fronteira é considerada, pela Organização Panamericana de Saúde (OPAS), de alto risco para a reintrodução do vírus da poliomielite no Brasil, devido à baixa cobertura vacinal do lado peruano e o grande fluxo de pessoas e mercadorias dos dois lados da fronteira fluvial.

Depois que o bebê peruano apresentou sintomas da poliomelite, equipes de vacinadores passaram a ir nas casas em Benjamin Constant para vacinar crianças menores de cinco anos contra a doença.

O último caso confirmado de paralisia infantil na região das Américas havia sido registrado em 1991. Para evitar que o Brasil volte a ter casos da doença, autoridades de saúde do Amazonas orientam a intensificação das ações de imunização.

“Por não ter muitos casos de poliomielite nas últimas décadas, as pessoas vão relaxando. Não é incomum de se ter carteirinhas de crianças incompletas. Então, é muito importante que a gente faça um trabalho muito grande de comunicação, capacitação e oferecer ajuda junto aos municípios para que eles efetivem o ato de vacinar”, destaca o secretário de Saúde do Amazonas, Anoar Samad.

Poliomielite

poliomielite é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus capaz de infectar crianças e adultos.

O jeito mais comum de pegar pólio é pelo contato oral com objetos e alimentos mal lavados e água contaminada por fezes de pessoas infectadas. Isso porque, depois que o vírus entra no organismo, ele se multiplica no intestino e é expelido quando a pessoa vai ao banheiro.

Também existe a transmissão por gotículas que ficam suspensas no ar quando a pessoa infectada fala, tosse ou espirra, mas é menos comum. A poliomielite pode causar paralisia e até mesmo a morte.

Os sintomas mais frequentes são:

  • febre
  • mal-estar
  • dor de cabeça
  • dor de garganta e no corpo
  • vômitos
  • diarreia
  • constipação (prisão de ventre)
  • espasmos
  • rigidez na nuca
  • meningite

Na forma paralítica ocorre:

  • Instalação súbita de deficiência motora, acompanhada de febre.
  • Assimetria acometendo, sobretudo a musculatura dos membros, com mais frequência os inferiores;
  • Flacidez muscular, com diminuição ou abolição de reflexos profundos na área paralisada;
  • Sensibilidade conservada;
  • Persistência de paralisia residual (sequela) após 60 dias do início da doença.

Para evitar a doença, crianças devem tomar cinco doses de vacina. As primeiras três doses como injeções – a primeira aos dois meses; a segunda, aos quatro; e a terceira, aos seis – e duas doses de reforço como gotinhas – uma aos 15 meses e outra aos quatro anos de idade.

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