O ex-namorado de Djidja Cardoso, Bruno Roberto, e o coach Hatus Silveira foram presos por divergências entre os depoimentos coletados pela polícia e os dados obtidos após a quebra do sigilo telefônico dos dois. Eles foram presos na sexta-feira (7), em Manaus, em mais uma fase da investigação que apura a morte da ex-sinhazinha do Boi Garantido, ocorrida no último 28, após uma suposta overdose de cetamina.
“Durante a análise dos depoimentos deles, em confronto com o que foi coletado nos aparelhos telefônicos que já estavam em posse da Polícia, em análise preliminar de quebra de sigilo de dados telemáticos, conseguimos identificar algumas inconsistências, que levaram a suspeita para que pudéssemos esclarecer alguns pontos, e por isso representamos pela prisão”, disse o delegado Cícero Túlio, que conduz as investigações.
Ao g1, a defesa de Bruno Roberto informou que vai entrar com o pedido de revogação da prisão temporária neste domingo (9).
Já a defesa de Hatus Silveira informou que será representado ao juiz plantonista o pedido de conversão para prisão domiciliar.
Além de Bruno e Hatus, dois funcionários da clínica veterinária suspeita de fornecer cetamina à família de Djidja também foram presos. Segundo o delegado, eles ajudaram o dono do estabelecimento, identificado como José Máximo Silva de Oliveira, a ‘esvaziar provas’.
“Após a busca e apreensão nessa clínica, identificamos que eles acabaram auxiliando o José Máximo no esvaziamento de provas. Eles foram até o local onde retiraram alguns itens, o que acabou prejudicando um pouco a investigação’, explicou.
Ainda conforme o delegado, durante a operação ocorrida na sexta-feira, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão em três clínicas veterinárias e petshops, incluindo a de José Máximo. Em um dos estabelecimentos, foi encontrado o anabolizante potenay, também utilizado pela família durante os rituais de elevação espiritual.
Conseguimos apreender equipamentos, telefones, computadores e documentos referentes a esses petshops e clinicas veterinárias, e alguns produtos químicos que também eram objeto da investigação, como o anabolizante potenay, que também era comercializado e destinado a essa família para utilização dos rituais que eles faziam na casa”, explicou.
*G1/AM/Foto: Reprodução redes sociais