Pouco mais de 22 anos após o assassinato de Manfred e Marísia Von Richthofen, Cristian Cravinhos, um dos condenados pelo crime, vai deixar a prisão e terminará de cumprir a pena em regime aberto. Ele era o último dos três condenados que ainda estava preso. A decisão desta quarta-feira (5) da juíza Sueli Zeraik, da Comarca de São José dos Campos, afirma que Cravinhos tem boa conduta carcerária e cumpre todos os requisitos para a progressão de pena.
O MPSP (Ministério Público de São Paulo) tinha se manifestado contrário à progressão de regime. Segundo o MPSP, o posicionamento leva em conta os resultados do teste de Rorschach que ele foi submetido. O exame psicológico apontou que Cravinhos apresenta traços disfuncionais de personalidade, caracterizados por rigidez emocional e controle excessivo.
No entanto, a juíza disse que as objeções apresentadas “não são aptas a justificar decisão desfavorável, já que ilações subjetivas a respeito da personalidade do apenado, isoladas no contexto, não se afiguram aptas a ensejarem negativa de direitos garantidos pela Lei de Execução Penal”.
Cristian Cravinhos foi condenado em 2006 a 38 anos de prisão pelos dois homicídios. Ele chegou a progredir para o regime aberto em 2017, mas perdeu o benefício ao tentar subornar policiais ao ser acusado de agredir uma mulher.
*R7/Foto: Record/ reprodução