O Amazonas registrou 140 casos de influenza, do tipo H1N1, entre janeiro e 15 de fevereiro de 2023, de acordo com dados da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP). No mesmo período de 2022, o estado não registrou nenhum caso da doença.
Segundo a FVS, há um aumento de doenças respiratórias durante o período sazonal da doença que, no Amazonas, compreende vai de novembro a maio, e coincide com o período chuvoso no estado.
Em 2021 e 2022, no período sazonal, o Amazonas registrou apenas um caso da doença. Em janeiro e fevereiro de 2022, a H1N1 não teve registro de casos no estado.
No entanto, em 2023, o Amazonas teve 57 casos de H1N1 em janeiro e 83 nos primeiros 15 dias de fevereiro.
O enfermeiro Alexsandro Melo, chefe do Departamento de Vigilância Epidemiológica (DVE) da FVS-RCP, atribuiu o aumento à predominância da variante influenza H1N1 entre os casos de vírus respiratórios.
“Dentro dos vírus respiratórios, a gente têm a variação predominante. Então, não necessariamente, um vírus que circula em um ano, ele vai circular no outro ano”, explicou o enfermeiro.
Segundo o chefe do DVE, durante análise da atuação da doença, foi perceptível que a influenza, geralmente, tem um aumento de casos a partir de novembro. Entre a virada de dezembro e janeiro, há um pico de notificações.
Entretanto, durante o atual período sazonal, não houve o pico de casos em dezembro. O aumento aconteceu no meio de janeiro e nos primeiros 15 dias de fevereiro.
“Normalmente, quando a gente acompanha os vírus, percebemos que eles têm uma tendência a aumentar o número de casos a partir de novembro. Então, ele começa a aumentar em novembro, dezembro. Na virada de dezembro para janeiro, nós temos geralmente um pico de notificações, que a gente não observou esse ano [2022], e está observando agora, de janeiro para fevereiro”, esclareceu Alexsandro.
A diminuição de casos deve acontecer em março, quando o período sazonal fica próximo do fim. “Ainda temos uns 40 a 60 dias de circulação do H1N1, e depois, tende a diminuir o número de casos” apontou o chefe do DVE.
Prevenção
As principais medidas preventivas para vírus respiratórios, como a influenza, são as seguintes:
- Atualização do esquema vacinal;
- manter as mãos higienizadas;
- usar máscara de proteção respiratória se tiver sintomas gripais;
- não compartilhar objetos pessoais.
*g1 Amazonas