A palavra “presente” tem origem no termo “praesentia”, do latim. Significa alguma coisa perto, ao alcance de alguém, oferecida a outra pessoa como sinal de apreciação. Em 600 a.C., o rei Nabucodonosor II, da Babilônia, para consolar sua esposa persa, Amytis, construiu os “Jardins Suspensos da Babilônia”, considerados uma das 7 maravilhas do mundo, para que ela se lembrasse da vegetação rica do seu país. O “Cavalo de Troia” foi um grande cavalo de madeira construído pelos gregos durante a Guerra de Troia, como um estratagema decisivo para a conquista da cidade fortificada de Troia. Essa “história” lendária foi contada pela primeira vez na “Ilíada”, de Homero, sem contar sobre o “Cavalo”, o que foi escrito somente depois na sua “Odisseia”. O “Cavalo” foi deixado às portas de Troia, como um presente dos gregos após a sua retirada da guerra por não conseguirem ultrapassar as muralhas de Troia. Os troianos levaram o “presente” para dentro da cidade e festejaram a vitória frente aos gregos. À noite, soldados gregos escondidos dentro do cavalo de madeira saíram e abriram os portões de Troia para a tropa grega invadir a cidade e destruí-la. O termo “presente de grego” tem origem nessa lenda. Na história recente há alguns “presentes de grego” que conseguiram, se não causar a “derrota”, abalar poderosos e até governos. Temos por aí, em quase todo mundo, presentes de um governo para o outro e, também, de um governante para o outro. Naturalmente, por exercerem cargos importantes, esses presentes, além de um valor histórico, guarda em si um valor material considerável, como ouro e pedras preciosas, obras de arte etc. São, normalmente, presentes ao país ou à nação amiga, entregues ao seu governante que representa aquele povo presenteado. Portanto, o presente é do povo. Em 1945, soldados americanos descobriram uma mina no vilarejo de Merkers (Turíngia, próximo de Berlim), onde os nazistas esconderam mais de 100 toneladas de ouro, metais preciosos e obras de arte de valor incomensurável, saqueados dos judeus alemães e europeus e dos territórios ocupados. Não se pode considerar um “tesouro” alheio como “presente”. Principalmente se roubados do seu verdadeiro “dono”, como os alemães fizeram a custo de sangue judeu. ROUBO É ROUBO, PRESENTE É PRESENTE.
*Elias Do Brasil