“Primeiro foram os professores, mas você não ligou porque não era professor, depois foram os servidores da Semsa, mas você não ligou porque você não trabalhava lá, agora são os artistas amazonenses…..”; você já ouviu e conhece o poema “E não sobrou ninguém” do pensador anti-nazista Martin Niemoller. Ele se encaixa no que Manaus está vivendo.
Organizado pela gestão David Almeida, com promessa de ser o maior de todos, o evento Sou Manaus, está cercado de muitas dúvidas e poucas certezas.
Existem dúvidas quanto a transparência do evento, quanto aos patrocinadores, quanto aos custos, quanto aos cachês, é até mesmo quanto à contratação da empresa Pump.
As certezas ficam por conta da discriminação e abuso do poder político e econômico que os vereadores de oposição Capitão Carpê, Rodrigo Guedes e William Alemão estão sofrendo; e a discriminação, descaso ou racismo que artistas originários estão sendo tratados.
A artista ( cantora indígena, compositora, jornalista, ativista e produtora cultural) Djuena Tikuna, comunicou aos seus mais de 37 mil seguidores do Instagram, toda a sua decepção com a forma que foi tratada, questionando ainda o cachê que será pago à atração internacional, e o uso de alegorias que tentam representar os indígenas.
E você leitor, o que acha? Será que o prefeito David Almeida vai chamar a artista de idiota imbecil?
*Redação OPP / Foto: Reprodução redes sociais