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Com 1,30 m, gato brasileiro tenta entrar para o Guinness Book como o maior do mundo

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“Eu acho que vi um gatinho” 🐈. Há pelo menos seis anos, os tutores Márcia Oliveira e Jean Martins não podem usar a célebre frase do personagem Piu-Piu para se referir ao pet Xartrux. Segundo eles, com 1,30 metro e pouco mais de 10 quilos, o “gatão” de estimação pode conquistar o título de maior do mundo.

O casal de Jaú, no interior de SP, protocolou em janeiro a documentação e as fotos exigidas pelo Guinness Book, o livro dos recordes, e o mascote é oficialmente hoje um dos candidatos ao posto de maior gato do mundo.

“Quando medimos ele da ponta do nariz até a cauda, e ele estiver relaxado, a gente consegue chegar a 1,35 metro”, revela a tutora Márcia.

Com o retorno da solicitação, que deve ocorrer entre o fim de abril e o início de maio, o Guinness Book realizará uma medição oficial, com a presença de um jornalista, um fotógrafo e um juiz, para assinar a declaração do tamanho do animal.

Xartrux, de 6 anos, é um gato da raça maine coon, famosa pelo gigantismo de seus espécimes e considerada a maior raça de gatos do mundo. Os machos têm em média 1,10 metro, e as fêmeas apenas 10 centímetros a menos.

O tamanho do gato atestado pelos tutores supera o do maior gato vivo atualmente: um italiano da mesma raça, que mede 1,19 metro. O recordista anterior era Swetie, que chegou a 1,23 metro, mas morreu em 2016.

Apesar de gigante e peludo, como manda o “manual” da raça, a tutora Márcia afirma que Xartrux já foi o “anão” da turma, mas logo se desenvolveu e chamou atenção pelo crescimento desproporcional.

“Ele nasceu em casa e era o menor gatinho da ninhada, não tinha nem 80 gramas. Ele era muito pequeninho, achávamos que ele não ia se desenvolver, mas, aos poucos, ele foi passando os irmãos dele. Eu não imaginava que ele fosse ficar desse tamanho. Mas, com quatro meses, ele já era um gato acima do normal e foi se destacando em competições”, relata.

Criado por amor

“Gateiro” por vocação, o casal mantém desde 2013 um trabalho de criação e reprodução de gatos da raça maine coon, reconhecido por órgãos nacionais e internacionais. Os cuidados incluem alimentação balanceada, banhos a cada 15 dias e escovação duas ou três vezes na semana.

“[O tratamento] não difere em nada dado aos outros. As despesas que a gente tem eu nem considero gastos, mas, sim, investimentos no bem-estar deles”, conta.

“Ele [Xartrux] tem todos os padrões da raça, o tamanho, a docilidade, um gato doce, querido, companheiro, bonachão, preguiçoso, faz o que ele quer com a gente”, pontua a tutora.

Além dos maine coon, o casal gateiro possui dezenas de gatos persa, sphynx (conhecidos por não terem pelagem), sem raça definida (SRD), siberianos e masquerade. Neste caso, todos castrados. Márcia conta que, desde criança, nutre paixão pelos felinos e fazia o resgate deles.

“Eu digo que o DNA felino está no meu sangue. Eu e os gatos temos o mesmo DNA. Quando eu era criança, eu trocava a minha mesada, deixava de brincar para cuidar deles. É um trabalho muito prazeroso, eles nos dão um suporte emocional muito grande. Eu sempre falo que minha missão na Terra é criá-los para que eles levem amor para as pessoas”, revela.

O carinho e companheirismo dos gatos, sejam eles gigantes ou não, foram cruciais para a tutora, que venceu um câncer de mama no último ano. Uma vitória sem tamanho para toda a família.

“Eu jamais ia conseguir passar por todo o tratamento sem meus gatos. Eles foram meu suporte emocional, me davam força, carinho, nos piores momentos da quimioterapia, ronronavam e mostravam todo o amor que eles têm por mim”, conta.

Fonte: G1/Foto: Instagram/Reprodução

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