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Com obras paradas, Santa Casa de Misericórdia de Manaus segue fechada há 20 anos

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Após mais de quatro anos, a reforma da Santa Casa de Misericórdia ainda não foi concluída. As obras, que devem dar forma a um novo Hospital Universitário, estão paradas e aguardam aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), já que o projeto está em análise. Durante o período, a estrutura tem passado por manutenções no prédio que está fechado há 20 anos.

A ex-funcionária da Santa Casa, Júlia Mônica revisitou a estrutura. O local foi onde ela teve a oportunidade da primeira experiência profissional, após se mudar da Paraíba para Manaus. Trinta anos depois, emocionada, ela lembrou do trabalho como enfermeira.

São milhares de histórias como a de Júlia que reacendem o sonho de ver o prédio centenário, novamente, em funcionamento no Centro da capital.

O espaço foi desativado em 2004, após uma grave crise financeira. Quinze anos depois, ganhou um novo capítulo com a realização de um leilão judicial em 2019.

O bem foi arrematado em mais de R$ 9 milhões, destinados à quitação de dívidas públicas e trabalhistas. Agora, o espaço deverá ser transformado em Hospital Universitário de uma instituição de ensino particular.

No período, o espaço, que fica em área tombada pelo Iphan em 2012 e pela lei municipal 4.811, passou por limpeza, capinação e reforma dos telhados. São aproximadamente 8 mil metros quadrados de área construída, que aguardam autorização do Iphan.

A espera é para dar continuidade aos serviços de reforma. Segundo a empresa responsável, o projeto está na fase de análise. A expectativa é de que os trabalhos sejam retomados ainda no segundo semestre deste ano. Enquanto isso, o trabalho é para preservar a estrutura do espaço.

A reconstrução das áreas internas também deve ser aprovada pelo Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb). O órgão chegou a embargar a obra na primeira fase, devido à ausência de licenciamento e de um projeto de restauro apresentado junto aos órgãos federal e municipal.

Conforme o projeto, que vem sendo elaborado há cerca de dois anos, a nova estrutura abrigará mais de 140 consultórios, oferecendo atendimento pelo sus, unidades de urgência, diagnóstico e terapia.

A proposta também prevê a formação e desenvolvimento de profissionais e pesquisa por meio da casa de saúde, que já foi reconhecida como entidade filantrópica.

O investimento previsto é superior a R$ 10 milhões. Outros R$ 30 milhões serão destinados à compra de equipamentos. Todo esse processo deve durar pelo menos quatro anos.

História que transcende a própria arquitetura e que promete trazer um novo olhar para a saúde da capital e do estado.

*G1/AM/Foto: Camila Henriques/G1 AM

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