A Câmara dos Deputados e o Senado Federal escolhem os novos presidentes no sábado (1º/2). As disputas em ambas as casas já têm candidatos favoritos, que conquistaram o apoio formal da maioria dos partidos do Congresso Nacional.
Outros deputados e senadores forasteiros, porém, também disputam a corrida eleitoral.
O líder do Republicanos na Câmara, Hugo Motta (PB), construiu uma candidatura com o apoio das maiores bancadas da Casa Legislativa. Ele foi apadrinhado pelo atual presidente, Arthur Lira (PP-AL).
Na Câmara, o candidato precisa da maioria absoluta dos votos para se eleger: 257 deputados. Vale destacar que o voto é secreto, com isso, os parlamentares podem trair a indicação partidária.
Já no Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) pretende voltar à presidência da Casa Legislativa para o próximo biênio (2025-2027). Ele é apoiado pelo atual presidente do Congresso, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que sucedeu Alcolumbre ao fim do primeiro mandato, em 2021.
A eleição também é por maioria absoluta, e são necessários 41 votos para ser eleito.
Câmara dos Deputados
Aos 35 anos e no quarto mandato na Casa, Motta consolidou a candidatura para a presidência da Câmara com o apoio das maiores bancadas e também de Lira. Ele é visto como nome de consenso e recebeu o aval do PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro; e do PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Apesar disso, o líder do Republicanos não estará sozinho na disputa pelo comando da Câmara. O pastor Henrique Vieira (PSol-RJ), vice-líder do governo, e o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) também lançaram candidaturas.
Senado Federal
Davi Alcolumbre pode voltar à presidência do Senado Federal e, consequentemente, do Congresso Nacional, neste ano. Ele foi eleito para comandar a Casa em 2019 e tentou a reeleição, mas a manobra foi vetada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O senador astronauta Marcos Pontes (PL-SP) mantém a candidatura para presidência do Senado mesmo sem o apoio do partido. Ele tem sido alvo de críticas constantes de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro por se manter na disputa.
Os senadores Eduardo Girão (Novo-CE) e Marcos do Val (Podemos-ES) também anunciaram candidatura à presidência do Senado. Ambos têm fortes críticas à atuação de ministros da Suprema Corte, em especial ao ministro Alexandre de Moraes.
Disputas anteriores no Congresso
Nos últimos dez anos, o Congresso teve disputas mais acirradas ou com mais candidatos em alguns momentos, diferente da conjuntura desenhada no pleito deste ano.
Em 2023, por exemplo, Pacheco foi reeleito com 49 votos contra Rogério Marinho (PL-RN), que conquistou 32 senadores após intensas campanhas bolsonaristas contra o atual presidente do Senado. Quando foi eleito para seu primeiro mandato à frente da Câmara, Lira disputou a cadeira com outros seis candidatos.
Fonte: Metrópoles/Foto: Igo Estrela/Metrópoles