O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara arquivou nesta terça-feira (12), por 11 votos a 1, um processo contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-RJ). O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi acusado quebra de decoro por xingar e ameaçar agredir o deputado Dionilso Marcon (PT-RS) durante uma reunião da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Casa em abril. Eduardo não compareceu à comissão porque está fora de Brasília.
O episódio ocorreu após o petista afirmar que a facada em Jair Bolsonaro (PL), na campanha eleitoral de 2018, foi uma encenação.
O relator do processo, deputado Josenildo Abrantes (PDT-AP), afirmou que o caso foi interpretado como uma “questão comportamental” , quando as pessoas agem no “calor da emoção”. “Embora não concorde com esse tipo de comportamento, são situações que não pedem uma punição precipitada” justificou.
Inicialmente, Josenildo recomendou a admissibilidade do processo, entendendo que Eduardo Bolsonaro abusou dos direitos e prerrogativas do mandato, mas mudou de posição durante a sessão.
‘Assassinos do povo indígena’
Outro processo em análise envolve a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), que é acusada pelo Partido Liberal (PL) de ter “gritado ofensas aos deputados da oposição ao governo” durante a votação da urgência do projeto de lei que impõe um marco temporal à demarcação de terras indígenas.
Segundo a representação, a deputada usou as expressões “assassinos do povo indígena” ao se referir aos parlamentares que votaram a favor da tramitação rápida da proposta. O relator do processo é o deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ).
Pelo mesmo motivo, o PL também denunciou as deputadas Célia Xacriabá (PSOL-MG), Talíria Petrone (PSOL-RJ), Érika Kokay (PT-DF) e Fernanda Melchiona (PSOL-RS).
*R7/FOTO: PABLO VALADARES/CÂMARA DOS DEPUTADOS – ARQUIVO