Coronel Menezes continua no jogo; pré-candidatura e prefeito de Manaus está mantida

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Em entrevista ao portal Foco no Fato, o compadre e amigo do ex-presidente Bolsonaro esclareceu pontos importantes na situação do Partido Liberal do Amazonas.

Reconheceu que existe uma negociação encaminhada por Alfredo Nascimento e Waldemar Costa Neto com David Almeida (no melhor estilo “velha política “), e ainda fez um “minha culpa” no imbróglio envolvendo o deputado federal Alberto Neto.

Porém, Coronel Menezes, mesmo reconhecendo essas dificuldades, e mostrando que mesmo sendo militar da reserva não foge a luta, manteve sua pré-candidatura a prefeitura de Manaus.

O compadre do ex-presidente Bolsonaro demonstrou nessa entrevista estar ciente de que os velhos caciques, aqueles que dominaram a política amazonense desde 1982, mantém-se coesos e decididos a se perpetuarem no poder.

Leia a entrevista completa :

Foco no Fato (FNF): Menezes, você acabou de chegar de Brasília e tratou diretamente com o presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar da Costa Neto, sobre sua expulsão pelo diretório municipal da sigla. O que ficou acertado desta reunião?

Coronel Menezes (CM): Realmente estive com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, na terça-feira (26) e tratamos sobre a questão da minha expulsão do partido. O que ficou acertado é que a nacional seguirá a decisão do diretório estadual. Espero, dessa vez, poder ter amplo direito de defesa e ter conhecimento do que exatamente estou sendo acusado. Estou tranquilo sobre esse assunto.

FNF: O senhor acredita que as falas proferidas contra o deputado federal Capitão Alberto Neto, chamando-o de “Judas”, foram determinantes para o partido expulsá-lo do PL? Se pudesse voltar atrás, teria feito diferente?

CM: Pensando bem sobre todo o caso, creio que houve excessos da minha parte. O tempo não volta atrás. Ele está sempre indo em frente, mas hoje teria ignorado a situação do voto dele. Fui influenciado pelas notícias que saíram na mídia onde o chamavam de “traidor da Zona Franca de Manaus”. Digamos que houve uma precipitação da minha parte. Mesmo assim, não creio que seja motivo para uma expulsão do partido. Parece que estavam apenas aguardando uma oportunidade para adotar essa postura. Foi uma atitude desproporcional.

FNF: Caso seja sacramentada sua expulsão, quais os seus planos para o futuro? Já há algum convite para migrar para outra sigla, qual seria?

CM: Confesso que não estou preocupado com isso, mas temos ainda um longo caminho pela frente até a decisão final. Apenas tem uma coisa que não abro mão, em hipótese alguma, é ser uma opção do povo de Manaus para disputar a prefeitura, seja pelo PL ou por outro partido. Estarei disposto a concorrer e essa é a minha vontade, minha disposição e vou buscar viabilizar minha candidatura.

FNF: Vazou a informação de que está sacramentada a ida do prefeito de Manaus, David Almeida, para o PL Amazonas. Essa decisão tem algo a ver com sua expulsão? Quem realizou essa trama?

CM: Existe muita especulação sobre esse tema e eu acredito que sim. A possibilidade da minha expulsão ter viabilizado a sua ida para o PL, isso já era uma trama antiga, já tínhamos essa informação. O nosso partido no Amazonas é comandado por Alfredo Nascimento, que foi reprovado pelas urnas algumas vezes, mas ele mantém uma relação muito próxima com Valdemar da Costa Neto, que é quem manda no PL. Talvez ele tenha percebido aí uma possibilidade de retornar ao cenário político por vias indiretas, esse é o jogo da velha política. Enfim, vamos aguardar os acontecimentos e descobrir com os fatos quem está com a razão.

FNF: Como fica Bolsonaro diante deste cenário, uma vez que o senhor declarou que o apoio dele independia do partido?

CM: Acredito que, caso o David se consolide como candidato do PL a prefeito em 2024, o presidente Bolsonaro terá um constrangimento muito grande em até mencionar o nome dele porque um cidadão que apoiou Omar Aziz, chamou Paulo Guedes de imbecil, sugeriu dar o título de cidadão do Amazonas para Alexandre de Moraes, disse que o Lula é um estadista, aliado de Eduardo Braga e faz uma gestão permeada de escândalos de toda ordem não cabe no perfil do presidente Bolsonaro.

FNF: A ida de David Almeida, na sua avaliação, poderá dividir mais a direita no Amazonas, especialmente em Manaus, tendo em vista que ele já fez severas críticas ao principal nome do partido nacional, Jair Bolsonaro, e está alinhado com políticos da esquerda?

CM: A direita raiz sabe bem quem representa o presidente Bolsonaro em Manaus. Essa turma estridente, que vive de mimimi, pode até aliar-se ao atual prefeito, mas duvido muito que os seguidores do presidente Bolsonaro engulam o nome de David Almeida. Ele não tem o respeito da verdadeira direita em Manaus. Aposto que será um grande fracasso. Eu jamais estarei alinhado com esse cidadão por todo mal que ele representa para a nossa cidade.

*Com informações da assessoria

*Foto: Divulgação

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