Com a proposta de nivelar conhecimento sobre as atividades de vigilância passiva e ativa em sanidade e inspeção suína no Amazonas, a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) iniciou nesta segunda-feira (26/07) um treinamento prático sobre síndromes hemorrágicas dos suínos, coleta e envio de material para diagnóstico, voltado para médicos veterinários e técnicos agropecuários da agência.
O treinamento, que seguirá até quinta-feira (29/07), está sendo realizado na Fazenda Bela Vista, localizada no município de Rio Preto da Eva (a 57 quilômetros de Manaus), que possui um abatedouro de suínos registrado no Serviço de Inspeção Estadual (SIE).
De acordo com a coordenadora estadual do Programa Nacional de Sanidade dos Suínos da Adaf, Geane Cristine, o principal foco é no entendimento de técnicas para evitar a proliferação da peste suína, doença que acarreta grandes prejuízos financeiros para produtores e para o estado. O projeto também garantirá uma melhor qualidade para os alimentos que vão à mesa da população.
“A peste suína clássica traz um grande impacto econômico para os criadores de suínos e para o estado de um modo geral, então o intuito, além da questão econômica é também a sanitária, de trazer qualidade para a população, para o alimento que vai à mesa da população”, explica.
O treinamento visa padronizar as ações dos profissionais do serviço veterinário estadual que atuam nas Unidades de Sanidade Animal e Vegetal (Ulsavs) no interior sobre a vigilância para atendimento a notificações de doenças que acometem suínos, seguindo as diretrizes do Programa Nacional de Sanidade Suídea (PNSS). A capacitação é ministrada pelo médico veterinário e auditor federal agropecuário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Guilherme Takeda, que exaltou a iniciativa do Governo do Estado.
“Essa preocupação do governo estadual é relevante porque realmente essa doença traz muito prejuízo ao produtor. É uma doença que causa alta mortalidade, lesões hemorrágicas na pele dos suínos, conjuntivite, aborto. É uma doença que traz grandes prejuízos ao produtor, e a gente saber e conhecer a condição epidemiológica dessa doença no estado é de grande relevância”, destacou.
Turmas – Ao todo, 97 servidores participam da ação, divididos em turmas e turnos pela manhã e tarde até quinta-feira. A capacitação é uma continuidade do Treinamento Teórico e Prático para o Inquérito Soroepidemiológico de Peste Suína Clássica (PSC) que ocorreu no início deste mês, entre os dias 7 e 9 de julho, de forma virtual.
“Esse treinamento vai nos habilitar a coletar amostras em campo, caso haja alguma suspeita de doença hemorrágica dos suínos, e ao mesmo tempo nós também vamos estar treinados para coleta de sangue, para fazer o inquérito soro-epidemiológico dos suínos, para ver se há circulação do vírus da peste suína clássica no estado. Bem importante para a gente”, avaliou Julciléia Farias, fiscal agropecuária da Adaf e uma das participantes do treinamento.
A Adaf ressalta que o módulo prático da capacitação respeitará as orientações propostas pelo Ministério Saúde e a Organização Mundial de Saúde (OMS). Os profissionais serão distribuídos em pequenos grupos mantendo as medidas de proteção e distanciamento, uso de máscaras e desinfecção.