Deputado Delegado Péricles destaca suas ações no combate ao câncer no Amazonas

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O deputado estadual Delegado Péricles (PL) reafirmou seu compromisso com a prevenção e o tratamento do câncer no Amazonas. Durante a primeira sessão plenária de 2025, realizada nesta terça-feira (4/2), em que também é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Câncer, o parlamentar detalhou ações, investimentos e iniciativas voltadas para fortalecer o combate à doença no Estado.

Entre as principais ações de seu mandato, Péricles destacou o envio de mais de R$ 8 milhões em emendas parlamentares para a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas (FCecon).

“Esses investimentos são fundamentais para garantir cirurgias mais seguras, diagnósticos precisos e um atendimento digno aos pacientes da FCecon”, afirmou o deputado.

Os recursos foram aplicados na aquisição de equipamentos modernos, como um sistema de videoendoscopia de alta definição, bisturis eletrônicos e próteses mamárias para mulheres mastectomizadas, que contribuem significativamente para o diagnóstico e o tratamento das diversas formas de câncer.

Cepcolu: Um avanço na prevenção

Delegado Péricles também é responsável pelo envio de aproximadamente R$ 4,5 milhões, que viabilizaram a construção do Centro de Prevenção ao Câncer do Colo do Útero (Cepcolu). Ele lembrou que, apesar de o câncer do colo do útero ser 100% evitável, a doença ainda é a principal causa de morte por câncer entre as mulheres no Amazonas, com uma média de 200 óbitos anuais, segundo dados da FCecon.

“Estamos trabalhando para que, nas próximas semanas, o Cepcolu esteja em pleno funcionamento. Ele será essencial para que mulheres com lesões pré-cancerígenas identificadas nos exames preventivos recebam o tratamento adequado a tempo. As cirurgias de conização (um método de retirada das áreas afetadas no útero) salvarão vidas e reduzirão significativamente os casos dessa doença”, afirmou Péricles.

O Cepcolu será o primeiro hospital-dia do Amazonas, com quatro salas cirúrgicas, consultórios especializados para conizações e um anfiteatro para capacitação de profissionais da saúde.

Prevenção: A raiz do problema

O deputado também destacou suas articulações para retomar os mutirões de vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV) nas escolas públicas do Amazonas. Segundo ele, essa ação está sendo articulada junto aos órgãos de saúde e educação.

O HPV é o principal causador do câncer de colo de útero, além de estar associado ao câncer de ânus, boca, garganta e vagina. A vacinação de crianças e adolescentes antes do início da vida sexual é considerada por especialistas como uma medida crucial para a prevenção de futuros casos.

“O combate ao câncer é uma luta constante e urgente. Já avançamos muito, mas ainda há muito a ser feito. Seguimos firmes no nosso compromisso com o povo do Amazonas”, afirmou Péricles.

Vigilância contra retrocessos

O deputado também criticou a tentativa do Governo Federal de alterar as diretrizes para o acesso à mamografia no país, o que, segundo ele, poderia dificultar o diagnóstico precoce do câncer de mama.

“Seria um retrocesso. Estou acompanhando essas discussões e conversando com especialistas, como o diretor-presidente da FCecon, Gerson Mourão, e a gerente de ginecologia da FCecon, Mônica Bandeira de Mello, que também se opõem a qualquer mudança nas diretrizes que possam prejudicar a detecção precoce do câncer de mama”, afirmou o Delegado Péricles.

Em janeiro deste ano, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) abriu uma consulta pública para discutir a mudança na idade mínima para a realização de mamografias. Atualmente, o exame é recomendado a partir dos 40 anos, mas a proposta do Governo Federal é elevar essa idade para 50 anos, alterando também o intervalo entre os exames de um para dois anos.

Dados apresentados pelo próprio Governo, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) e até do Instituto Nacional do Câncer (Inca), apontaram que em 2024 mais de 40% dos casos de câncer diagnosticados no Brasil já estavam em estágio avançado, sendo diagnosticados em mulheres entre 40 e 50 anos, e 20% das mortes ocorrem nesse mesmo grupo.

A consulta pública feita pela ANS foi encerrada, mas o resultado ainda não foi divulgado.

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Texto – Joelma Muniz
Foto – Márcio James

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